O ex-ministro José Sócrates foi o convidado de mais um “Alta Definição”, programa exibido aos sábados à tarde na SIC.
Entrevistado por Daniel Oliveira, o ex-ministro de Portugal tentou fugir a todas as questões de carácter mais pessoal, mas falou com maior clareza sobre as questões mais ligadas à política.
Daniel Oliveira disse que não deveria ser fácil ser filho de um político e todos os dias ver o nome do nosso pai nos jornais. Ao que prontamente José Sócrates revelou que não iria responder a essa questão:
(…) se me permite, eu não estou agora para me entregar a essa psicanálise, das famílias dos políticos, nem gostaria de falar dos meus filhos, nem da minha família. Pela simples razão que os protejo. Mas se quer saber toda a minha família sempre me apoiou fortemente e sempre esteve comigo, tal como eu com eles.
O ex-ministro revelou ainda que a sua família pagou um preço alto pela sua exposição pública:
(…) tentei proteger a minha vida privada o mais possível, porque sei os riscos que a minha família corre. Sei o preço que pagaram pela minha exposição. Preço elevado. Todas as famílias dos políticos (…) pagam um preço, mas procurei que ele fosse o menor possível.
Uma das perguntas colocadas a José Sócrates foi porque é que tantas pessoas se irritavam com ele, ao que este respondeu:
Eu não fazia ideia de que tantos se irritam comigo. (…) Lamento muito que isso aconteça. Eu tenho um feitio um pouco onduloso, não sou um redondo. Não tenho essa a habilidade do cinismo, da dissimulação, sou muito sanguíneo naquilo que defendo, mas a política é isso mesmo. É confronto, é debate, é desacordo, mas também é compromisso. Temos de estar preparados para isso. O que lamento é que ao longo da minha vida política, principalmente nos últimos anos, tenha sofrido tantos ataques pessoais, porque isso prejudicou a nossa vida política (…)
No decorrer da entrevista, Daniel Oliveira falou ainda do facto de nestes últimos anos José Sócrates ter perdido muitas pessoas da família, em contexto difícil, perguntando como se superava algo assim:
Se me permite eu não gostaria de falar dessas coisas intimas. Sim, é verdade que eu passei por momentos em que tive que enfrentar a morte de pessoas familiares, das quais tenho muitas saudades. (…) nós temos que nos habituar a perdas irreparáveis. Claro que tentamos compensar. O amor fraternal não é substituído nunca. Pode ser compensado, mas nunca é substituído. Porque é um amor único. (…) Mas enfim, é preciso olhar com coragem perante a vida e caminhar. Mas verdadeiramente isso nunca passa. É uma perda, por isso é que falamos em perdas irreparáveis.
O ex-ministro revelou ainda que tem muitos sonhos por cumprir e que adora ir ao cinema. Revelou ainda ser adepto de séries televisivas e que agora já gosta de ver programas políticos, porque agora as atenções já não estão viradas para si e já falam mal de outros.
José Sócrates respondeu ainda a várias questões políticas e sobre o seu mais recentemente livro “Confiança no Mundo”.
Este Senhor(?) num país de direito estaria a ser julgado e responsabilizado, porque foi o responsável máximo de um governo que nos afundou, os anteriores governos provocaram rombos sucessivos no “barco”.
Nota: é por este tipo de políticos que já há muitos anos me considero a-político (se assim se pode escrever), não sou de esquerda nem de direita, sou cidadão português.
José Sócrates já foi julgado em alguns processos e foi elibado. É claro que quando se acredita que ele é culpado, nada feito. Permaneceremos no preconceito.
Quando a poeira da história assentar talvez se surpreenda pelos aspetos positivos da sua governação, designadamente, a nível dos costumes, modernização administrativa, investimento na educação e energias renováveis. É claro que ficará indelevelmente associado ao pedido de resgate, mas como sabe nas últimas décadas não foi o único a fazê-lo. Além disso, sabemos em que circunstâncias foi obrigado a fazê-lo, onde a Banca e o jogo político, às vezes rasteiro, não deixaram de desempenhar o seu papel. Por último, acredite que ninguém é apolitico. Assumir a posição que assume é ainda fazer política e só lhe fica bem. Neste momento precisamos de serenidade, solidariedade social e espírito de compromisso.
“Quando a poeira da história assentar talvez se surpreenda pelos aspetos positivos da sua governação, designadamente, a nível dos costumes, modernização administrativa, investimento na educação e energias renováveis.” EHEHEHEHE
A poeira assentou, e agora…. já podemos tirar ilações ou não … ehehehehehehe?
O problema não é a política, o problema é que ainda há muitos sabichões… que não perceberam que ainda estamos na ressaca do 25 abril, e que maturidade democrática demora séculos de liberdade a construir.
Tudo po “Carandiru”…. direitos humanos é pa meninas.
“The whole problem with the world is that fools and fanatics are always so certain of themselves, and wiser people so full of doubts.”
Bertrand Russell
asasasasasas