Margarida Lopes, namorada de André Sousa Bessa que faleceu ontem no Hospital Garcia da Horta vítima de uma paragem cardio-respiratória na sequência de um acidente que sofreu na madrugada do passado sábado, manifestou a sua dor na sua página oficial do Facebook.
“PICO PICAO DO MEU CORAÇÃO… VOLTA”, publicou a jovem ontem de manhã, juntamente com uma foto em que surge feliz ao lado do filho de Judite de Sousa.
Esta manhã a jovem partilhou o mesmo poema com que André Sousa Bessa foi homenageado ontem à noite pela TVI, através da exibição de várias fotografias do jovem ao som do marcante poema de W. H. Auden, citado por uma das personagens do filme “Quatro casamentos e um funeral”:
“Stop all the clocks, cut off the telephone, Prevent the dog from barking with a juicy bone, Silence the pianos and with muffled drum Bring out the coffin, let the mourners come. Let aeroplanes circle moaning overhead, Scribbling on the sky the message He Is Dead, Put crepe bows round the white necks of the public doves, Let the traffic policemen wear black cotton gloves.
He was my North, my South, my East and West, My working week and my Sunday rest, My noon, my midnight, my talk, my song; I thought that love would last for ever: I was wrong.
The stars are not wanted now: put out every one; Pack up the moon and dismantle the sun; Pour away the ocean and sweep up the wood.For nothing now can ever come to any good.”
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Tradução:
“Parem todos os relógios, desliguem o telefone,
Não deixem o cão ladrar dando-lhe um osso suculento,
Calem os pianos e com um tambor abafado
Tragam o caixão, e os que estão de luto.
Deixem os aviões fazer círculos e fazer barulhos,
Escrevendo no céu a mensagem: Ele está morto,
Ponham lenços negros nos pescoços brancos das pombas,
Façam os polícias de trânsito usar luvas de algodão negras.
Ele era o meu Norte, o meu Sul, o meu Este e o meu Oeste,
A minha semana de trabalho e meu descanso de domingo,
O meu meio-dia, a minha meia-noite, a minha fala, a minha canção,
Pensei que o amor ia durar para sempre: Mas eu enganei-me.
As estrelas já não são precisas: deitem-nas fora a todas;
Arrumem a Lua e desmantelem o Sol;
Despejem o oceano e varram a floresta.
Pois agora nada se poderá tornar em algo bom.”[/box]
Tal como aos familiares, também à jovem são muitos os amigos que lhe deixam mensagens de apoio na sua página, neste momento de profunda tristeza e dor.
O jovem de 29 anos não conseguiu resistir há seriedade do seu quadro clínico, após 60 horas de manobras de reanimação e esforços médicos.
De acordo com informações da Lux, o velório realiza-se na noite desta segunda-feira, dia 30, na Igreja do Colégio de São João de Brito, em Lisboa.
Margarida, não me conhece e não a conheço, mas já passei por algo semelhante, o poema retrata na profundidade o que sentimos mas daqui para a frente, tem que interiorizar que não pode fazer mais nada a não ser uma oração (ou uma refelexão de um momento agradável) para poder continuar a viver sem amarguras porque a vida é futuro. UM beijo, Carolina.