Cinema ao Ar Livre, na Amadora, em Julho e Agosto – Entrada gratuita

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Todas as sextas-feiras, de 3 de julho a 28 de agosto, há cinema ao ar livre, no relvado da Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos, na Amadora, sempre às 21h30 e com entrada gratuita.

Nesta iniciativa promovida, pela primeira vez, pela Câmara Municipal da Amadora, para além de 50 lugares sentados, é possível utilizar uma manta no relvado e assistir a um conjunto de nove filmes nomeados ou premiados pela crítica e aplaudidos pelo público.

O ciclo tem início com “Sangue do meu Sague”, de João Canijo (2011), no dia 3 de julho. Com Rita Blanco num dos papéis principais, foi apresentado no Festival de Toronto e premiado nos festivais de Palm Springs, San Sebastian e Miami, tendo sido igualmente um grande sucesso nos cinemas em Portugal.

Segue-se “Dei-te o melhor de mim”, de Michael Hoffman (2014), no dia 10 de julho, a nona adaptação ao cinema da obra de Nicholas Sparks, considerado um dos mais prolíficos escritores norte-americanos da actualidade, que retrata a história de Amanda e Dawnson que se reencontram 25 anos depois de terem vivido uma primeira paixão adolescente que teve o seu fim devido a pressões familiares.

Dia 17 de julho é a vez de “Bestas do Sul Selvagem”, de Benh Zeitlin (2012), premiado em alguns festivais e nomeado para quatro Oscars, nomeadamente, melhor filme e melhor atriz principal sobre uma menina que vive numa zona pantanosa e cheia de animais semi-selvagens, que corre o risco de ficar órfã.

No dia 24 há aventura e ação com “O Bando dos Crocodilos”, de Christian Ditter (2009), nomeado em diversos festivais de cinema infantil e juvenil, tornando-se, igualmente, um sucesso de bilheteira.

A última sexta-feira do mês de julho, dia 31, está reservada para “Frances Ha”, de Noah Baumbach (2012), uma comédia dramática vencedora de vários prémios e nomeada para um globo de ouro, para melhor atriz de comédia, para Greta Gerwig, no papel de Frances Ha, uma bailarina de uma companhia de dança que divide um apartamento em Nova Iorque com a sua melhor amiga e se vê obrigada a mudar de casa.

Em agosto, no dia 7, é exibido o documentário “Orquestra Geração”, de Filipa Reis e João Miller Guerra, que faz um retrato de alguns dos jovens elementos da orquestra do Casal da Boba (Amadora) e acompanha o seu dia-a-dia, seguindo-se, no dia 14 de agosto, “Kauwboy – o Rapaz e o Pássaro”, de Boudewlin Koole (2012), vencedor do prémio de melhor filme no Festival de Berlim e menção honrosa no Festróia, entre muitos outros.

Dia 21 de agosto traz-nos Juliette Binoche no papel de uma fotojornalista de guerra em “Mil Vezes Boa Noite”, de Erik Poppe (2013).

Finalmente, o último filme deste ciclo ao ar livre é “Belle”, de Amma Asante (2013), exibido a 28 de agosto, que nos conta a história de uma aristocrata mestiça, baseada na vida de Dido Belle.

Programa completo:

3 de julho

“Sangue do meu Sague”, João Canijo, Portugal, 2011, 139 minutos

Márcia (Rita Blanco) é mãe de Cláudia (Cleia Almeida) e Joca (Rafael Morais) e irmã de Ivete (Anabela Moreira). Mãe solteira, vive numa casa no Bairro Padre Cruz, em Lisboa, com Ivete que a ajudou a criar os filhos e os ama como se fossem seus. O que ninguém esperava é que duas tragédias chegassem para marcar aquela família: Cláudia apaixona-se por um dos seus professores da faculdade, casado, e Joca, um pequeno traficante cadastrado, contrai uma dívida com um homem perigoso. Márcia e Ivete preparam-se para o pior, mas o seu amor incondicional é capaz de tudo.

10 de julho

“Dei-te o melhor de mim”, Michael Hoffman, EUA, 2014, 118 minutos

O novo romance de Nicholas Sparks conta a história de Amanda e Dawnson, dois adolescentes envolvidos na experiência do primeiro amor. Sob pressões familiares e sociais, são obrigados a seguir vidas distintas. Anosmais tarde reencontram-se e constatam que o amor de outrora se mantém intacto.

17 de julho

“Bestas do Sul Selvagem”, Benh Zeitlin, EUA, 2012, 93 minutos

Numa comunidade esquecida, mas desafiante, de uma zona pantanosa separada do mundo por um extenso dique, a pequena Hushpuppy, de seis anos, vive em risco de ficar órfã. Com a mãe há muito desaparecida e o seu querido pai, Wink, descontrolado e sempre na farra, Hushpuppy está entregue à sua própria sorte numa zona isolada cheia de animais semi-selvagens. Para ela o mundo natural é uma frágil rede de coisas que vivem, respiram, pulsam e de cujo funcionamento perfeito depende todo o universo.

24 de julho

“O Bando dos Crocodilos”, Christian Ditter, Alemanha, 2009, 96 minutos

Hannes, de dez anos, vive sozinho com a sua mãe, e quer muito juntar-se ao grupo mais interessante da região: Os Crocodilos. Durante o seu desastroso teste de entrada, vê a sua vida ser salva por Kai, um rapaz imobilizado numa cadeira de rodas. Tal como Hannes, também Kai gostaria de fazer parte do grupo, mas todos acham que ele seria incapaz de fugir se as coisas ficassem complicadas. Contudo, ao assistir a um assalto, Kai torna-se subitamente interessante para o grupo, forçando a entrada de Hannes. Com os novos elementos, Os Crocodilos estão prontos a resolver um mistério. Baseado num livro de Max Von der Grün, este filme foi premiado em inúmeros festivais de cinema para crianças, tornando-se um grande sucesso de público.

31 de julho

“Frances Ha”, Noah Baumbach, EUA, 2013, 86 minutos

Frances (Greta Gerwig) divide um apartamento em Nova Iorque com Sophie (Mickey Sumner), a sua melhor amiga. Brincalhona e com ar de quem não deseja crescer, ela recusa o convite do namorado para morar com ele, justamente para não deixar Sophie sozinha. Entretanto, a amiga não toma a mesma atitude quando surge a oportunidade de se mudar para um apartamento mais bem localizado, mesmo que isto signifique que ela e Frances passem a morar em locais diferentes. A partir de então tem início a peregrinação de Frances à procura de um novo lugar que se adeque às suas finanças, já que ela é apenas aluna numa companhia de dança à espera de uma oportunidade de integrar o grupo de bailarinos que encenará o espetáculo de Natal.

7 de agosto

“Orquestra Geração”, Filipa Reis e João Miller Guerra, Portugal, 2013, 63 minutos

Diogo, Ana, Daniel e Mónica dividem os seus dias entre casa, a escola, as aulas de expressão dramática e os ensaios de música. São jovens que vivem na periferia da Grande Lisboa, onde até à chegada do projeto Orquestra Geração o sonho de ser violinista não era de todo comum. “Orquestra Geração” mostra-nos como o conceito criado na América Latina, em 1975, se transformou numa estrutura sólida para os jovens que dela fazem parte. O grupo ao qual sentem pertencer, que lhes abre horizontes antes inacessíveis, que os motiva e os ajuda a tornarem-se indivíduos mais completos, atentos à música, à arte e ao mundo.

14 de agosto

“Kauwboy – O Rapaz e o Pássaro”, de Boudewlin Koole, Holanda, 2012, 81 minutos

Apresentado no Festival de Berlim, em 2012, “Kauwboy – O Rapaz e o Pássaro” é um filme mais abrangente do que somente a fórmula de afeto entre uma criança e um animal, funcionando também numa metáfora inserida no realismo profundo e forma. A química entre o pássaro e o rapaz são evidentes, mas o filme não foca esta amizade entre espécies, mas sim no ambiente de Jojo, inicialmente misterioso e incógnito, que ao ritmo da narrativa vai-se descortinando e revelando os verdadeiros traumas, medos e a perturbação no seio familiar.

21 de Agosto

“Mil Vezes Boa Noite”, Erik Poppe, Noruega/Irlanda/Suécia, 2013, 117 minutos

Rebecca (Juliette Binoche) é uma das fotojornalistas de guerra mais reconhecidas mundialmente, capturando imagens perigosas e assustadoras nas paisagens mais desafiantes, tudo para pôr em foco o custo real da guerra moderna. Mas ela também é esposa e mãe, que deixa para trás o marido e as duas filhas sempre que se desloca para uma nova zona de combate. A certa altura, o marido faz-lhe um ultimato: a profissão ou a família.

28 de agosto

“Belle”, Amma Asante, Reino Unido, 2013, 105 minutos

“Belle” é inspirado na história verídica de Dido Elizabeth Belle (Gugu Mbatha-Raw), a filha ilegítima mulata de um capitão da Marinha Real. Criada pelo seu tio Lord Mansfield (Tom Wilkinson) e a sua mulher (Emily Watson), Belle pertence a uma linhagem que lhe permite alguns privilégios, mas a sua cor de pele impede-a de participar completamente nas tradições do seu posto social.

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