Depois de toda a polémica em torno da sua saída da estação de Paço d’Arcos, confessa que não se sentia valorizado dentro da estação
Cláudio Ramos esteve à conversa com Rui Maria Pêgo e Ana Martins na rúbrica ‘Era o que faltava’. Durante a entrevista para a Rádio Comercial o cronista confessou que a falta de valorização no seu trabalho foi um dos pontos chave para ter trocado. O cronista ambicionava uma boa oportunidade que chegou pelas mãos de Nuno Santos, diretor de programas da TVI.
Prestes a estrear-se como apresentador do BB20202 já amanhã, revelou que a sua saída da SIC não foi tão pacífica como foi dado a entender. Questionando se foi bem aceite a sua saída da estação, Cláudio Ramos esclareceu “A SIC não recebeu bem, porque nenhuma empresa iria receber bem, porque eu sou um ativo bom. Eu não tenho nenhuma modéstia em dizer que sou um belíssimo ativo nisto que é fazer televisão. Um bom ativo é uma pessoa que é um pau para toda a obra, que consegue fazer tudo… e não deixa os diretores defraudados. E na SIC eu fiz tudo durante 18 anos de casa, tudo, mas nunca tive na realidade a oportunidade de mostrar aquilo que eu também consigo fazer”.
Ainda sobre a sua saída, Cláudio Ramos lamenta a falta de reconhecimento por parte da estação “É muito ingrato… É muito ingrato… Eu acho que não nos valorizam. É muito ingrato. As pessoas não têm noção quando dizem: ‘Ah, saiu. Ingrato. Estava tão bem.’ As pessoas não sabem o que é estar numa estação de televisão, onde acordas todos os dias às 7h00 da manhã todos os dias durante 18 anos para trabalhar. Nos últimos cinco anos, eu acordava às 07h00 da manhã todos os dias e durante três dias da semana, saia da SIC à meia-noite e meia. Sendo que num dos dias eu nem sequer saía do estúdio, porque fazia um programa de manhã, acabava, fazia programa à tarde, acabava, fazia dois programas à noite. Era o que eu queria, era o dinheiro que eu ganhava e aceitava fazer. Nunca foi obrigado. Mas aceitava sempre na esperança de um dia” ter a sua oportunidade.
O cronista revelou ainda que chegou a fazer várias propostas à estação que não chegaram a avançar “Eu sai da SIC porque eu não tinha como crescer”.
Oiça a entrevista na integra aqui.
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