O Gato Morto é uma personagem concreta mas desfocada, uma entidade com sentimentos mas sem corpo, solitária, que errou, muito, ao longo de quase toda a sua vida adulta, não por maldade intrínseca mas quase sempre pelas suas opções desastrosas, leviandade, inocência ou ignorância, acabando por perder as suas 7 vidas, chegando fatalmente ao seu fim pessoal, social e moral, quer na sua relação com o mundo do qual fez em tempos parte, quer no respeito e interesse do mundo inteiro por si.
Na sua subsequente e longa procura por uma segunda, mesmo que ténue, hipótese, mesmo que sem fé em si próprio e naquilo em que entretanto se tornou e se perdeu, nesta procura por um novo e diferente percurso, surge inesperadamente uma nova personagem, até então desconhecida, que conquista sem aviso ou notificação o lugar de maior destaque, determinante na sua procura espiritual.
Uma entidade que se revela única e superior e a mais importante na sua transformação pessoal. Encontra-o, partilha da sua história e determinação, e concede-lhe outras 7 vidas, um recomeço da sua luta pelo crescimento e evolução pessoal.
7 novas vidas das quais o Gato Morto, entretanto, já gastou duas ou três, num novo caminho que não traz em si a perfeição. Mas este novo Gato Morto está hoje bem vivo, talvez como nunca antes. E não renega, nunca, o seu nome e o seu passado, para que nunca cometa o erro fatal de um dia se esquecer.
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