Dia Mundial Contra a Raiva: sinais, vacinação e cuidados

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O Dia Mundial contra a Raiva foi criado para alertar sobre os riscos da doença em humanos e animais e ensinar como a prevenir.

A raiva transmite-se principalmente pela saliva de animais infetados, geralmente através de mordeduras, mas também pode ocorrer por arranhões ou contacto da saliva com feridas abertas.

Em Portugal, todos os cães devem ser vacinados contra a raiva a partir dos três meses de idade, enquanto a vacinação de gatos e de outras espécies é facultativa.

No Dia Mundial contra a Raiva, é fundamental sensibilizar a população para esta doença viral grave que atinge o sistema nervoso central de mamíferos, incluindo cães, gatos e seres humanos. Apesar de ser quase sempre fatal após o aparecimento dos sintomas, a raiva é totalmente prevenível através da vacinação, vigilância e medidas de proteção adequadas. A consciencialização é, por isso, essencial para proteger tanto os animais como as pessoas.

Para esclarecer este tema, o médico veterinário António Dias, da Clinicanimal explica: “A raiva não tem cura após o aparecimento dos sinais clínicos, por isso a prevenção é decisiva. Ter a vacinação dos animais atualizada é uma das medidas mais eficazes para proteger tanto os patudos como as pessoas.”

“Em caso de mordedura ou suspeita de exposição, deve procurar imediatamente assistência médica para avaliação e eventual profilaxia pós-exposição,” acrescenta António Dias.

O que é a raiva

A raiva é uma doença viral grave causada por um vírus da família Rhabdoviridae, que afeta o sistema nervoso central de cães, gatos e outros mamíferos. O vírus entra habitualmente no organismo através de mordeduras ou pelo contacto da saliva com feridas abertas ou mucosas e dissemina-se até ao cérebro, causando uma inflamação progressiva do sistema nervoso central, conhecida como encefalite. O período de incubação varia consoante a localização da mordedura e a quantidade de vírus.

Sinais clínicos

Os sinais clínicos da raiva variam consoante a fase da doença. Na forma furiosa, o animal pode tornar-se de forma súbita agressivo, inquieto ou confuso, chegando a morder objetos, outros animais ou pessoas sem motivo aparente. Além disso, pode apresentar salivação excessiva, dificuldade em engolir e uma sensibilidade exagerada a estímulos como luz, sons ou toque. Na forma paralítica, surgem fraqueza muscular, paralisia progressiva e perda de coordenação, evoluindo rapidamente para incapacitação total. Reconhecer estas alterações a tempo é essencial, não só para proteger quem está à volta, mas também para garantir que o animal receba assistência veterinária imediatamente.

Prevenção

Em Portugal, a vacinação antirrábica é obrigatória para cães a partir dos três meses de idade, enquanto nos gatos é facultativa. No entanto, os tutores devem ter em atenção que outros animais, como os furões, também são suscetíveis à doença e devem ser vacinados mediante recomendação do médico veterinário.

O protocolo de vacinação antirrábica inclui a primeira dose, administrada de acordo com a idade do animal, seguida de reforços periódicos — normalmente ao fim de três anos e, posteriormente, conforme indicado pelo profissional. Manter o boletim de vacinação atualizado e cumprir rigorosamente este protocolo é fundamental para garantir a proteção eficaz dos animais e da família.

Idade e vulnerabilidade

Todos os cães e gatos podem contrair a raiva, mas os mais jovens são particularmente vulneráveis. Isto deve-se ao facto de ainda não terem completado o protocolo de vacinação, o que os deixa mais expostos ao vírus. Além disso, a curiosidade natural dos animais mais pequenos leva-os a explorar o ambiente com entusiasmo, a aproximar-se de outros animais e a investigar locais onde o risco de contacto com animais infetados é maior. Por isso, os primeiros meses de vida são críticos para garantir que recebem a proteção adequada através da vacinação e de cuidados responsáveis por parte dos tutores.

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