A actriz Emma Thompson revelou um episódio da sua infância que ocorreu há 45 anos atrás, na qual foi vítima de abuso sexual.
Esse acontecimento ainda está bem presente na memória da actriz, que estremece cada vez que recorda a festa do seu 8º aniversário.
Ao jornal Mirror a actriz revelou:
Os meus pais levaram-no para casa para a minha festa. Ele era um homem velho de cabelos grisalhos. E ele levou-me para trás de uma porta e disse: ‘ Queres um docinho?’
Na sua inocência a actriz disse que sim, tal como diria qualquer outra criança da sua idade:
Eu disse, ‘ Oh, sim, por favor’, mas eu tive uma sensação engraçada. Ele deu-me o doce e disse, ‘Dás-me um beijo?’ E eu disse que sim.
E foi quando o inesperado aconteceu:
Então eu fui para lhe dar um beijo na bochecha e ele plantou a sua boca na minha, enfiou a língua na minha boca e mexeu-a lá dentro. Eu pensei que era minha culpa – as crianças sempre acham que a culpa é delas.
Apesar de ser algo muito íntimo e sensível para a actriz, vencedora de dois óscares, ela resolveu agora partilhar esta história com a finalidade de alertar para os perigos cada vez maiores que as crianças enfrentam actualmente. Devido ao episódio que a marcou desde criança, a actriz foi sempre muito cautelosa com a filha de 13 anos, tendo inclusive escrito um manual sobre sexo e emoção.
Então eu escrevi para a minha filha um manual sobre onde as emoções são sentidas no corpo, sobre os sentimentos sexuais e a ligação entre sexo e emoções.
A actriz vive ainda em constante ansiedade quando pensa em tudo aquilo a que as crianças são expostas.
Há tantas outras pressões. Questões sexuais a serem colocadas a crianças e jovens aterroriza-me, mas isso é o que está lá fora – meninos e meninas assistindo a pornografia, meninos que mostram às meninas pornografia hardcore nos seus iPhones. Eu estou num constante estado de ansiedade, mas eu sei que essas crianças têm de percorrer esses percursos sozinhas. Só podemos ajudar ouvindo, estando alerta, não nos afastando e não dizendo ‘Oh, isso é tudo tão nojento que eu nem posso pensar nisso’.
Sê o(a) primeiro(a) a comentar