Hugo Sousa, Gilmário Vemba e Murilo Couto negam ter tentado entrar em Moçambique com visto de turistas

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Num comunicado enviado à imprensa, a agência responsável refere que “a comitiva do Tons de Comédia chegou ao aeroporto de Maputo às 14h40 (horário local), de domingo, proveniente de Luanda, em voo da TAAG. O grupo tinha um espetáculo agendado na cidade para as 17h neste mesmo dia.

Antes de se dirigirem ao balcão de imigração, foram abordados por um agente da autoridade, que solicitou os passaportes da comitiva, alegando que lhes seria concedida prioridade devido à proximidade do show. No entanto, ao chegarem ao balcão de imigração, o mesmo agente requereu o visto de atividades culturais.

O grupo respondeu que havia solicitado o mesmo apenas para o Murilo Couto, dado que, por ser brasileiro, não poderia beneficiar da isenção de visto. Para tal, foi notificado a apresentar o comprovativo de estadia em Maputo, devidamente carimbado pelo hotel. Este documento foi enviado poucos minutos após a sua solicitação, nos dias anteriores à viagem, mas nunca houve qualquer resposta.

Considerando que dispunham de toda a documentação necessária, o grupo mostrou-se disponível para proceder com o visto de fronteira e para efetuar o pagamento correspondente, uma vez que a tabela de preços estava afixada e havia balcões disponíveis para este fim.

Entretanto, foi solicitado ao grupo que aguardasse. O promotor local fez todos os esforços, utilizando diversos meios e contactos, na tentativa de resolver a situação. O feedback que o grupo recebia de vários elementos ligados ao serviço de imigração indicavam que o assunto estava a ser tratado e que seria resolvido.

Cerca de uma hora depois, um representante da TAAG veio até o grupo e informou que a imigração havia pedido que a comitiva fosse “devolvida” a Luanda. Contudo, devido ao overbooking na companhia, não seria possível o regresso no voo imediato, sendo que o próximo voo disponível seria só na terça-feira seguinte.

Por parte das autoridades e dos funcionários do aeroporto, foram prestados poucos esclarecimentos. Todos se limitavam a lamentar a situação, mas sempre reforçando que o caso seria resolvido.

Por volta das 18h, e percebendo que a resolução da situação demoraria mais tempo do que o esperado, e que os técnicos de imigração no balcão do visto de fronteira não estavam por “ordens superiores” autorizados a emitir o visto, o grupo e a produção local decidiram cancelar o espetáculo e fazer o reembolso dos bilhetes, uma vez que não havia uma estimativa clara sobre o tempo que levariam para resolver a questão.

Por volta das 19:00h, após insistentes esforços de Pedro Gonçalves, Manager do grupo que os acompanhava, foi possível, em uma sala reservada, falar com o responsável pelo serviço de imigração. Foi-lhe informado que, em virtude de ordens superiores, não seria autorizada a entrada no país e que a comitiva teria de aguardar no aeroporto pelo voo de regresso a Angola, o qual só estaria disponível na terça-feira seguinte.

Nesse momento, o Pedro informou que estava previsto o regresso do grupo a Portugal em um voo da TAP, agendado para o dia seguinte (segunda-feira), pelo que não se justificava aguardar pelo voo de regresso a Luanda. Solicitou então, considerando que o espetáculo já havia sido cancelado, supostamente o motivo pelo qual o grupo teria sido impedido de entrar no país, e tendo em conta que para turismo não seria exigido visto, que fosse autorizada a entrada temporária do grupo como turistas, a fim de poderem realizar uma refeição, pernoitar no hotel e regressar ao aeroporto na manhã seguinte para embarcar no voo com destino a Lisboa; uma vez que no local não havia condições adequadas, nomeadamente pela falta de água, comida ou comodidade mínima para que os membros do grupo permanecessem ainda mais horas aguardando pelo voo.

Nessa altura, o responsável pelo serviço de imigração indicou que apenas ao Pedro poderia ser concedida a saída do aeroporto na qualidade de turista, dado que o seu nome e imagem não constavam do cartaz do espetáculo e que o mesmo estava apenas a acompanhar o grupo, e que não ia actuar.

Tal proposta foi prontamente negada pelo manager, que disse que não abandonaria os restantes membros do grupo. Diante disso, o responsável da imigração solicitou que aguardassem, informando que iria consultar os seus superiores para averiguar a possibilidade de autorizarem a saída.

Em menos de dez minutos, foi comunicada a decisão de que o grupo deveria permanecer no local até ao embarque no voo da TAP com destino a Portugal, altura em que lhes seriam devolvidos os passaportes. Foi ainda referido que, caso necessitassem de comida ou bebida, teriam de recorrer a alguém externo que lhes pudesse trazer o necessário.

O grupo passou a noite ali mesmo, no aeroporto. A produção local, conseguiu providenciar-lhes comida e bebida. E neste momento encontram-se já em viagem de regresso a Lisboa, onde vão ficar os próximos dias até partirem para a Tour no Brasil”.

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