A Vida Invisível estreia esta quinta-feira

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Rio de Janeiro, 1950. Eurídice, 18, e Guida, 20, são duas irmãs inseparáveis que vivem em casa dos pais, dois portugueses conservadores. Apesar de submersas numa vida tradicional, ambas acalentam um sonho: Eurídice quer ser uma pianista de renome, Guida procura um amor verdadeiro. Numa volta inesperada, elas são separadas pelos pais sendo forçadas a viver sem contacto. Sozinhas, assumem controlo dos seus próprios destinos, sem nunca abandonarem a esperança de um dia se reencontrarem. Um melodrama tropical do realizador de Madame Satã. 

Já há data para a estreia comercial do novo filme de Karim Aïnouz. Vencedor do prémio Um Certo Olhar, no Festival de Cannes de 2019, A Vida Invisível retrata a vida de duas mulheres, irmãs, no Brasil do anos 50, e das suas lutas para se reencontrarem e fazerem face à opressão que as sufoca e chega aos cinemas nacionais a 13 de fevereiro. De acordo com o realizador, o filme quer tornar visível as vidas de toda uma geração de mulheres, cujas histórias não foram contadas o suficiente pelo cinema e literatura. Baseado no romance homónimo de Martha Batalha, este melodrama tropical coloca questões essenciais sobre a emancipação feminina que, mesmo hoje, não devem ser tomadas como adquiridas. Qual a visão das mulheres dos anos 50 sobre o sexo? No advento dos métodos contraceptivos, como é que as mulheres preveniam a gravidez? Como sobrevivia uma mãe solteira no seio de uma sociedade que a excluía de forma tão horrível?

Uma história de solidariedade filmada com uma proximidade pulsante, onde a câmara se move à velocidade das acções das suas personagens principais, celebrando as características estéticas do melodrama e usando-as para desenhar uma crítica social que é, ao mesmo tempo, visualmente avassaladora, trágica e crua. “Com a Vida Invisível eu imaginei um filme de cores saturadas, com uma câmara muito próxima das personagens principais. Um filme carregado de sensualidade, música, drama, lágrimas, suor e máscaras, mas também marcado pela violência e sexo, que não tem medo de ser sentimental e que pulsa ao lado das suas personagens principais: Guida e Eurídice.”, esclarece o realizador. 

Vida Invisível conta com as interpretações de Carol Duarte e Julia Stockler, no lugar de Eurídice e Guida Gusmão, respectivamente, Gregório Duvivier, Bárbara Simões, Flávia Gusmão, Maria Manoella, António Fonseca, Cristina Pereira, Gillray Coutinho e a participação especial de Fernanda Montenegro.

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