Baseado no caso verídico de Fabienne Kabou, acusada de matar a própria filha, ‘Saint Omer’ nos cinemas

Realizado pela célebre documentarista francesa Alice Diop (‘Nous’ e ‘La mort de Danton’) ‘Saint Omer’ segue o julgamento de uma mãe acusada de assassinar a filha de 15 meses. Vencedora do Grande Prémio do Júri (Leão de Prata) e Melhor Estreia (Leão do Futuro) na 79ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, em 2022, a primeira longa-metragem de Diop chega aos cinemas portugueses a 4 de maio.

‘Saint Omer’ é inspirado na história verídica de uma mulher senegalense que, em 2016, é levada a tribunal por abandonar a filha junto ao mar, numa praia no norte de França. O filme segue o julgamento da acusada Laurence Coly (Guslagie Malanda) pelos olhos de Rama (Kayije Kagame), uma jovem romancista que decide estar presente em tribunal.

À medida que o juízo de ‘Saint Omer’ avança é possível ver as convicções de Rama serem abaladas com os depoimentos das testemunhas, que a levam a rever-se no caso. Coly apresenta-se como uma mãe profundamente perturbada com a morte da filha, mas certa de que tomou a decisão correta ao deixá-la no mar, protefendo-a de uma vida de constante luta contra o racismo.

A ideia por detrás de ‘Saint Omer’ nasce com a realizadora que, após estar presente no julgamento que deu origem ao filme, quis levar ao grande ecrã a história que chocou os franceses. O drama representa a expressão política e social de Alice Diop e já arrecadou mais de uma dezena de prémios e distinções em festivais de cinema.

‘Saint Omer’ chega aos cinemas portugueses a 4 maio com uma história que confrontará os espectadores com verdade, (in)justiça e muitas emoções fortes.

Sinopse

Tribunal de Justiça de Saint Omer. A jovem romancista Rama (Kayije Kagame) assiste ao julgamento de Laurence Coly (Guslagie Malanda), uma jovem acusada de matar sua filha de 15 meses ao abandoná-la à maré alta numa praia no norte da França. Mas, à medida que o julgamento avança, as palavras da acusada e os depoimentos das testemunhas abalarão as convicções de Rama e questionarão o nosso próprio julgamento.