A 11ª edição do Doclisboa – Festival Internacional de Cinema – regressa às salas da capital de 24 de Outubro a 3 de Novembro. A edição deste ano exibe 244 filmes de 40 países, num total de 123 longas e 121 curtas-metragens. A programação conta ainda com 46 filmes portugueses, 42 primeiras obras, 36 estreias mundiais, 5 internacionais e 1 europeia. Basta de números, vamos aos filmes.

O cinema português volta a ser destaque do Doclisboa, com 46 filmes nacionais nas diversas secções da programação. Este enfoque no cinema nacional é recorrente e vai além da simples divulgação ou aposta na produção portuguesa. Esta é também uma opção política, de militância artística, face à situação do cinema em Portugal. Declarações da direcção do festival expressam bem esta intenção. “Esta edição será de resistência, porque fazer cinema é e será sempre resistir.”

Este ano, o festival ficará marcado pela ausência do realizador iraniano e autor do filme de encerramento do festival (Manuscripts don’t Burn), Mohammad Rasoulof, que foi recentemente impedido de sair do Irão. O realizador tinha sido convidado para Presidente do Júri da Competição Internacional e o seu lugar será deixado vazio, como forma de denúncia e apoio ao cineasta iraniano.

Para a Competição Portuguesa, o Doclisboa volta a apostar num júri composto por figuras de primeira linha – Michael Renov, autor de obras de referência sobre cinema e documentário, a realizadora portuguesa Teresa Villaverde e Birgit Kohler, co-editora do Arsenal – Instituto do Cinema e Videoarte, em Berlim.

Para além das sessões, a programação do Doclisboa inclui ainda a secção Passagens, dedicada ao tema Arquivo. Serão apresentadas instalações de Hartmut Bitmosky, Elizabeth Price (Prémio Turner 2012) e Camille Henrot, no Carpe Diem Arte e Pesquisa e os 14 episódios de Berlin Alexanderplatz, de Rainer W. Fassbinder, no Museu da Electricidade. Integrado na secção, será realizado o Colóquio Internacional Passagens, em parceria com Paris 1 – Panthéon-Sorbonne.

O Doclisboa decorre entre os dias 24 de Outubro e 3 de Novembro, levando o cinema por toda cidade – a Culturgest, o Cinema City Alvalade, o Cinema São Jorge, a Cinemateca, o Museu da Electricidade, o Carpe Diem – Arte e Pesquisa e o Fórum Municipal Romeu Correia, em Almada.