Filme sobre Amadeo de Souza Cardoso estreia nos cinemas em 2020

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O realizador Vicente Alves do Ó iniciou a rodagem do filme ‘Amadeo’, naquele que pretende ser um retrato íntimo e pessoal do pintor Amadeo de Souza Cardoso. Produzido pela Ukbar Filmes, com distribuição pela NOS Audiovisuais, a longa metragem de tributo ao pintor português chegará ao grande ecrã a 12 de novembro de 2020.

‘Amadeo’ será rodado entre Lisboa, Óbidos, Sintra e Caldas da Rainha, recriando a histórica exposição de 1916, no Salão de Festas do Jardim Passos Manuel, no Porto, o período que antecede a sua morte em 1918 e a Paris de 1911, onde Amadeo passou parte da sua vida e produziu grande parte da sua obra.

O ator Rafael Morais (‘Um Amor de Perdição’ ou ‘Sangue do Meu Sangue’) assume o papel de Amadeo de Souza Cardoso, ao lado da atriz Ana Lopes, que representará Lucie Pecetto, sua mulher, e de atores como: Ana Vilela da Costa, Eunice Munõz, José Pimentão, Lúcia Moniz, Manuela Couto ou Rogério Samora, entre outros.

Um dos grandes desafios para Vicente Alves do Ó foi a contextualização histórica do ponto de vista artístico e patrimonial, impondo-se assim, a recriação do espírito da época através de um olhar contemporâneo sobre personagens e espaços que tanto se querem de época como atuais.

Foi em Paris que o pintor se rodeou por um importante círculo de amigos, entre os quais Amadeo Modigliani, Picasso, Apollinaire, Brancusi, Derain, Emmerico Nunes, Eduardo Vianna ou Max Jacob e que, juntamente com Almada Negreiros e Sarah Afonso, serão representados neste filme, onde o realizador retrata o artista íntima e artisticamente em três fases interligadas da sua vida: Manhufe (1916), Paris (1911) e Espinho (1918).

‘Amadeo’ é uma produção Ukbar Filmes com o apoio do ICA, RTP, Pic Portugal e Fundação Calouste Gulbenkian. A produção contou com a consultoria de Marta Soares, investigadora, historiadora e recente curadora especializada na obra de Amadeo de Souza-Cardoso.

Sinopse:

Amadeo Souza-Cardoso viveu, em apenas 30 anos, uma vida intensa e fulgurante. Nasce e vive em Manhufe (Amarante), veraneia em Espinho, fixa-se em Paris onde integra um extraordinário círculo de artistas modernistas que marcará a história da arte do século XX.

Com o deflagrar da Primeira Guerra, Amadeo vive com a sua mulher, Lucie, criando na casa de família um refúgio para criar. É entre a sua cozinha de Manhufe, com a família, os desafios da produção de vinho na paisagem amarantina, e ainda as influências da Corporation Nouvelle, que resultam numa amálgama de referências que Amadeo transpõe para os seus quadros.

Anos antes, Amadeo está em Paris, onde, com apenas 23 anos, celebra a sua primeira exposição conjunta com Modigliani. Está rodeado pelo seu círculo de amigos, entre os quais Picasso, Apollinaire, Brancusi, Derain, Emmerico Nunes e Max Jacob, no epicentro das artes do século XX. O pintor deixa de trabalhar em 1918, quando a gripe pneumónica atinge Portugal. Em Espinho, Lucie e Graça, a sua irmã, adoecem. Amadeo dedica-se a tratá-las, acabando também ele por adoecer. Logo após a morte da irmã e Lucie recuperada, é a vez de Amadeo ser colhido pela garra da doença. Acaba por falecer no dia 25 de outubro de 1918.

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