‘Os Demónios do Meu Avô’, filme de animação estreia esta quinta

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‘Os Demónios do Meu Avô’ é o primeiro filme de animação português em stop motion e chega aos cinemas a 22 de junho, com as vozes de Victória Guerra, Ana Sofia Martins, Nuno Lopes, e outros grandes atores. Esta é a primeira longa-metragem do realizador Nuno Beato, que se inspirou nas figuras de barro da ceramista Rosa Ramalho e na paisagem transmontana para dar vida à narrativa, que segue o processo de reencontro da personagem principal com as suas origens.

Com banda sonora dos Gaiteiros de Lisboa, baseada nos cantos tradicionais transmontanos, ‘Os Demónios do Meu Avô’ desenrola-se numa aldeia imaginária, em Vale do Sarronco, Trás-os-Montes. Rosa (Victória Guerra) é uma profissional de sucesso, uma jovem mulher urbana, que vive uma vida agitada em busca da gratificação social que o dinheiro e a cidade parecem trazer-lhe. A morte súbita do avô que a criou e o sentimento de não ter devolvido esse amor levam-na de volta ao interior do país.

Graças a uma série de cartas e pistas que o seu avô lhe deixou, a protagonista de ‘Os Demónios do Meu Avô’ irá dedicar-se a uma tarefa que a irá ajudar a fazer as pazes consigo mesma e com os outros, enquanto repara os erros passados do seu avô.

O projeto de Nuno Beato nasceu em 2014, e encontra as suas bases estéticas no mais profundo da cultura portuguesa. O realizador ‘pretende criar uma identificação com um modo de vida que tantas vezes nos consome’, num filme que faz a distinção entre a vida na cidade e o meio rural, abordando a forma como nos relacionamos com o outro. ‘Os Demónios do Meu Avô’ é uma história que traz à tona as contingências do dia-a-dia, que nos distanciam da necessidade intrínseca de vivermos ligados à comunidade e aos que nos são mais queridos.

Em ‘Os Demónios do Meu Avô’ a caracterização dos meios urbano e rural distingue-se pelo uso de diferentes técnicas gráficas de animação, que dão corpo ao universo do filme: para a cidade a animação tradicional; para o campoo stop motion, aliado à animação de volumes. Nesta técnica única, por cada segundo de filmagem são precisas 12 fotografias de cena para criar a ilusão de movimento.

Com argumento de Possidónio Cachapa e Cristina Pinheiro, ‘Os Demónios do Meu Avô’ conta ainda no elenco com as vozes de António Durães, Celso Bugalho, Joana Brandão, João Tempera, Martim Balsa e Óscar Branco.

‘Os Demónios do Meu Avô’ teve a sua estreia mundial, em 2022, no Annecy Festival Internacional de Cinema de Animação. O filme foi nomeado para a 36ª edição dos Prémios Goya na categoria de Melhor Filme de Animação, e passou pelo Monstra – Festival de Animação de Lisboa, em março, onde arrecadou o Prémio Especial do Júri, depois de receber vários prémios e distinções em diversos festivais nacionais e internacionais.

‘Os Demónios do Meu Avô’ é uma coprodução da Sardinha em Lata, produtora de animação portuguesa, com França e Espanha. Um filme para todas as idades e gerações, e uma oportunidade única para uma ida ao cinema em família.

PRÉMIOS E DISTINÇÕES

Festival De Cinema do Uruguai

Prémio Competição Internacional de Cinema Infantil

Monstra Festival de Animação de Lisboa, Portugal

Prémio Especial do Júri

Caminhos Film Festival, Portugal

Melhor Banda Sonora Original

CINANIMA – Festival Internacional de Cinema de Animação, Portugal

Grande Prémio Competição Internacional Longas-Metragens

Future Film Festival, Itália

Menção Especial para “Bper Green Future Prize”

Sinopse

‘Os Demónios Do Meu Avô’, do realizador Nuno Beato é o primeiro filme de animação português em stop motion. Inspirado nasfiguras de barro da ceramista Rosa Ramalho e na paisagem transmontana, com banda sonora dos Gaiteiros de Lisboa, a narrativa segue a história de Rosa (Victória Guerra), uma profissional de topo, altamente cotada no mercado empresarial, leva uma vida exigente e inteiramente dedicada ao seu trabalho. A morte do avô, de quem se tinha progressivamente afastado, devido ao trabalho inesgotável, acaba por lhe provocar um súbito ataque de stress que coloca em dúvida as suas escolhas. Rosa decide, então, abandonar a cidade e partir ao encontro do lugar e das memórias da sua infância, vivida ao lado do seu avô. Ao chegar à propriedade isolada, no meio da paisagem transmontana, descobre que o avô lhe deixou um conjunto de terras praticamente abandonadas e a casa da sua infância quase em ruínas. Levada pelo remorso e pela necessidade de encontrar novo rumo para si, tenta reconstruir a casa e os campos. Rosa, contudo, não está sozinha. Além das pessoas com quem estabelecerá novos laços, surge um grupo de demónios de barro modelados pelo seu avô que parecem, por vezes, ganhar vida, aconselhando-a e orientando-a e consolando-a, como ele próprio teria feito.

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