Após o sucesso nos palcos do Teatro da Comuna, em 2017, ‘Os Infanticidas’ ganha uma nova vida no grande ecrã. O filme, realizado por Manuel Pureza, um dos responsáveis pelo fenómeno “Pôr do Sol” e realizador de várias séries e filmes reconhecidos pelo público, já nos cinemas nacionais.
‘Os Infanticidas’ transporta para o cinema a intensa narrativa de Luís Lobão, cuja obra foi amplamente elogiada pela crítica. Statt Miller, membro da APCT – Associação Portuguesa de Críticos de Teatro, descreveu o texto como “respirando realidade”, onde “as suas personagens palpitam vida”.
A história acompanha dois amigos que, ainda na juventude, fazem uma promessa radical: jamais crescer. Caso isso aconteça, comprometem-se a dar fim à própria vida. O tempo avança, os desafios da idade adulta instalam-se e a promessa assume proporções inesperadas. Angústias, medos, sonhos e esperanças moldam os protagonistas, enquanto a chegada aos trinta se revela simultaneamente uma meta e uma ameaça. Fugir para Paris poderá ser a única solução.
A visão de Manuel Pureza imprime um estilo próprio e uma abordagem visual distinta, como já demonstrado nos seus trabalhos anteriores, incluindo ‘Pôr do Sol: O Mistério do Colar de São Cajó’, ‘Até que a Vida nos Separe’ ou ‘Sempre’. Com ‘Os Infanticidas’, Pureza assina a sua primeira longa-metragem em nome próprio e aprofunda a sua visão artística ao adaptar uma peça teatral impactante para o grande ecrã, mantendo a sua essência.
João Vicente e Luís Lobão assumem os papéis centrais desta produção, com Lobão a assinar também o argumento. O elenco conta ainda com Anna Leppänen, Joana Campelo, Raquel Tillo, Alexandre Carvalho e Lialzio de Almeida, que complementam a história com interpretações marcantes. O filme já se encontra nos cinemas.
Sinopse:
Em ‘Os Infanticidas’, dois amigos prometem que não podem crescer e que se o fizerem, um dia, acabam com a própria vida. Entre o dia da promessa e o dia em que a idade adulta chega, as angústias e os medos, as esperanças e os sonhos, fazem com que não seja fácil chegar aos trinta. Cortar a meta, afinal, tem tanto de bom como de assustador. Talvez fugir para Paris seja a solução, mas, com se conclui “somos todos uns heróis à meia-noite, mas uns cobardes às nove da manhã”. Crescer será comprometer-se? Ou será que continuamos a ser apenas crianças um bocado perdidas a jogar a este jogo de querer ser muito adulto no parecer?
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