A primeira obra cinematográfica de ficção sobre Mário Soares é realizada por Sérgio Graciano e chegou aos cinemas a 22 de fevereiro, no ano em que se comemora o centenário do nascimento de um dos principais ‘arquitetos’ da democracia portuguesa.
Estamos em 1986, passaram apenas 12 anos desde o 25 de Abril. A Esquerda está dividida e a Direita parece caminhar para uma vitória fácil, que lhe dará um Presidente e um Governo. O único capaz de impedir que esse projeto se conclua com sucesso é um homem que lutou, toda a sua vida adulta, contra o Estado Novo. Preso dezenas de vezes, deportado e exilado, foi um dos primeiros a chegar a Lisboa depois da Revolução dos Cravos. Esse homem é Mário Soares.
‘Soares é Fixe!’ começa e termina na noite eleitoral de 16 de fevereiro do ano em que Portugal se estreia como membro da CEE. À medida que os resultados vão chegando, o humor de Soares e das pessoas que com ele estão – os filhos João e Isabel e a mulher Maria – vai mudando, tal como as perspetivas de vitória, que vão oscilando com o passar das horas. É uma noite de grandes mudanças. Uma noite decisiva que fica para a história da Democracia onde, perante a tensão gerada pela incerteza dos resultados, se recuperam memórias e se fazem reflexões sobre as semanas de uma campanha dura plena de clivagens e acontecimentos, que permitiram chegar a este momento de fratura política.
No final, Mário Soares será o primeiro presidente civil da história do Portugal democrático do pós-25 de Abril. Um homem de honra, que o povo se habituou a chamar “fixe”.
Com argumento de João Lacerda Matos(‘Salgueiro Maia – O Implicado’ – 2022), este é o primeiro filme de ficção sobre o antigo Presidente da República que revisita e retrata, com mestria, o drama histórico de um dos momentos mais importantes da sua vida política, naquela que foi também uma das mais intensas e mediáticas campanhas eleitorais em Portugal, caracterizada pelo icónico slogan que pretendia aproximar o candidato socialista do eleitorado mais jovem.
‘Soares é Fixe!’, conta com Tónan Quinto no papel de Mário Soares, ao lado de atores como Maria Cardeal (Maria Barroso), Tiago Fernandes (Freitas do Amaral), Miguel Mateus (João Soares) ou Tiago Correia (Marcelo Rebelo de Sousa), entre outros nomes da ficção nacional. O filme acompanha as comemorações do 50º aniversário do 25 de Abril e chega aos cinemas a 22 de fevereiro.
Sinopse:
16 de fevereiro de 1986. Um país dividido vai às urnas para escolher o primeiro Presidente da República civil da jovem democracia portuguesa. Passaram apenas 12 anos desde o 25 de Abril. A Esquerda está dividida e a Direita parece caminhar para uma vitória fácil, que lhe dará um Presidente e um Governo. O único capaz de impedir que esse projeto se conclua com sucesso é um homem que lutou toda a sua vida adulta contra o Estado Novo. Que foi preso dezenas de vezes, deportado e exilado, e que foi um dos primeiros a chegar a Lisboa depois da Revolução dos Cravos. Esse homem é Mário Soares.
Realizado por Sérgio Graciano, ‘Soares é Fixe!’ conta com Tónan Quito no papel de Mário Soares. O filme começa e termina na noite eleitoral de 1986. À medida que os resultados vão chegando, o humor de Soares e das pessoas que estão com ele, os filhos João e Isabel, e a mulher Maria, vai mudando, tal como as perspetivas de vitória vão diminuindo e crescendo. É uma noite de grandes mudanças. De grandes clivagens. Uma noite que fica para a história da Democracia.
É a noite de todas as decisões, de todas as dúvidas. No meio do furacão, Soares aparece como um sereno fiel de uma balança frágil, ao do regime e do País. O homem, o político, o marido, o pai e o ídolo de uma geração que vai às urnas pela primeira vez para escolher o futuro. Um dos “pais da democracia”, tão polémico, como generoso, tão valente quanto extemporâneo, parece colocar-se à margem dos acontecimentos, para manter a clareza e a isenção. Depois de uma campanha dura, cheias de clivagens e até de episódios de violência, são os votos dos portugueses quem decide. Por um voto se perde, por um voto se ganha. E no final, Soares será o Presidente de todos os portugueses. Um homem de honra, que o povo se habituará a chamar de “fixe”.
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