“Super Natural”, de Jorge Jácome, estreia-se a 1 de Junho

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Super Natural, primeira longa-metragem, de Jorge Jácome, – projecto do Teatro Praga para o Dançando com a Diferença, criado em colaboração com intérpretes e o realizador – estreia-se nas salas portuguesas esta quinta-feira, dia 1 de Junho. 

Filme performativo, Super Natural  fala e escuta, interfere e procura quem está à sua frente. A sua vontade é a de sair da tela para ver e escutar quem o olha, mas também para ser cheirado e visto para lá do que se vê. Nisto é como a voz ou a razão, a estética ou a culinária humana, ou seja, é um modo de sair da prisão das contingências “naturais” focando a sua atenção na atividade da própria experiência. É a saída do corpo, de todos os corpos, sobretudo do próprio. É como um super-poder e neste movimento, concentra-se na imagem, uma existência sensível com a qual se pretende falar. 

Com argumento de Jorge Jácome, André e. Teodósio e José Maria Vieira Mendes, Super Natural é um objecto artístico protagonizado por intérpretes da companhia Dançando com a Diferença, actuando em espaços naturais e urbanos exuberantes na ilha da Madeira. 

Com estreia mundial em Berlim, o filme venceu o prémio da crítica (Prémio FIPRESCI) da 72.ª Berlinale e teve ante-estreia nacional na competição de longas-metragens na última edição do IndieLisboa – International Film Festival. O filme chega às salas portuguesas depois de um percurso em mais de 20 festivais internacionais e mais de 15 países por todo o mundo. 

“O que o título faz, e o próprio filme, é pensar na ideia de natural como uma coisa que é expandida, ou seja, que as normas e limitações do que entendemos como sendo natural para nós, é muito mais interessante quanto mais abrirmos possibilidades para pensar sobre isso”, explica Jorge Jácome.

O realizador acrescenta ainda que “este filme não quer ser nada para poder ser tudo. Existe esta ideia de que tudo é uma possibilidade, a ficção é uma possibilidade, o documentário é uma possibilidade, o experimental também é. O próprio filme reflecte sobre isso, sobre quebrar fronteiras, seja do espectador com o filme, seja de géneros fílmicos, seja de formatos. É como se não quiséssemos nunca delimitar uma ideia de formato”.

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