De 13 a 16 de Abril, Tânia Carvalho volta a apresentar “Madmud”, Nídia incendeia mais uma pista de dança e os Hetta regressam ao sul para um concerto intenso. Em vários espaços da cidade algarvia, o Verão Azul tem ainda preparado o espectáculo-manifesto “Hip: A Pussy Point of View”, da bailarina e coreógrafa Piny, a experiência imersiva “Echos From a Liquid Memory – Prototype Version”, pela artista Carincur, e um slam de poesia que junta a comunidade local, entre outras sugestões do corpo de programação deste ano.
Loulé é o destino que se segue no roteiro do 11.º Verão Azul, cuja programação, pensada pelos directores artísticos Ana Borralho & João Galante, e pelo co-curador desta edição, o performer, coreógrafo e artista visual Daniel Matos, tem o som enquanto linha unificadora entre um grupo de nomes consagrados e emergentes que são transdisciplinares nas suas práticas artísticas.
A recomeçar já esta quinta-feira, dia 13 de Abril, o Festival Verão Azul mostra novamente, depois da inauguração em Lagos, a exposição colectiva NO, FUTURE, NO CRY. Com vernissage marcada para as 18h00, a Galeria Alfaia dá agora lugar aos artistas
David OReilly, Weisstub, Rui Palma, Fernando J. Ribeiro e Static Drama, que desenvolvem trabalho entre a escultura e a obra digital. Pelas 21h00, rumo ao espaço Sul, Sol e Sal para assistir, desta vez em Loulé, ao documentário “Headshot”, de Antonia Buresi e Lola Quivoron, “um mergulho revigorante na intimidade da juventude europeia”, filmado durante a performance de Ana Borralho & João Galante, “Gatilho da Felicidade”.
A 14 de Abril, sexta-feira, chega finalmente a oportunidade da comunidade de artistas e de poetas locais se fazer ouvir na emocionante batalha Wham, Slam, Poetic Jam (18h00), com moderação do colectivo Poeta qu’Pariu, no 8100 Café. Quem também se vai sentir bem alto, no mesmo dia e local, é Nídia (22h00), quando criar um motim dançável na forma de música electrónica contemporânea.
Sábado traz um programa ainda mais recheado, a começar às 17h00, no Sul, Sol e Sal, com a projecção do filme “Madame”, de Stéphane Riethauser, que desafia tabus de género e sexualidade. Mais tarde, no Cineteatro Louletano, é a vez de Piny apresentar o espectáculo-manifesto “Hip: A Pussy Point of View” (21h30), onde encontramos funk, dancehall, vogue e samba, mas também um combate e um discurso sobre liberdade e opressão. A noite termina no bar Bafo de Baco com o metal da banda algarvia VIL e o pós-hardcore dos Hetta, a partir das 23h00.
A 11.ª edição do Festival Verão Azul encerra a 16 de Abril com nova apresentação do #8 da publicação semestral “Coreia”, pelo seu director editorial, João dos Santos Martins, seguida da sessão de escuta “Sombra de Vento”, conduzida pelo artista e compositor João Polido, tudo a partir das 16h00, no Sul, Sol e Sal. É também aí que, logo depois, Carincur revela a peça “Echos From a Liquid Memory – Prototype Version”, numa versão protótipo do instrumento que construiu – a combinação de um tanque em acrílico com hidrofones, que torna possível a exploração de sons subaquáticos – e numa performance adaptada especialmente para o espaço que a acolhe. Ainda no domingo, o Verão Azul despede-se com outro mergulho, o da coreógrafa Tânia Carvalho na música e na poesia de “Madmud”, através da voz e do piano, no Cineteatro Louletano, às 18h30.
Depois de quatro dias arrebatadores em Lagos, de 6 a 9 de Abril, a edição de 2023 do Verão Azul estende-se a Loulé, de 13 a 16 de Abril, “prosseguindo a missão activa de discutir a contemporaneidade através do experimentalismo nas artes visuais e performativas do panorama nacional e internacional”.
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