MAAT inaugura três novas exposições com festa de pré-abertura da ARCOlisboa

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O MAAT inaugura, hoje, dia 16 de maio, três novas exposições: APQHOME – MAAT, de Ana Pérez-Quiroga; Yo nunca he sido surrealista hasta el día de hoy, de Carlos Garaicoa, e Untitled (orchestral), de João Onofre.

Hoje, entre as 21h e as 00h, será possível visitar estas exposições, com entrada gratuita, durante a festa que celebra a pré-abertura da ARCOlisboa, da qual a Fundação EDP é Main Sponsor. Esta festa contará com a presença de Jibóia e Yen Sung que atuarão no exterior, na Praça do Carvão.

APQHome – MAAT de Ana Pérez-Quiroga

Datas | 16 Mai – 09 Out
Cinzeiro 8, Edifício Central
Curadoria: Pedro Gadanho

APQhome – MAAT é uma obra de arte total que requer a intervenção do participante numa imersão que, durante períodos de 48 horas, visa performatizar o quotidiano numa experiência total de fusão entre arte e vida. “Interessa-me o facto de nos tornarmos ação artística a partir duma simples ação do quotidiano”, salienta Ana Pérez-Quiroga.

A instalação APQhome – MAAT é um projeto que comporta um espaço doméstico – casa e seus objetos – e um jardim, dentro do espaço expositivo do MAAT. Numa situação inusitada, os participantes terão a oportunidade de passar duas noites no museu, ocupando este espaço doméstico num programa que decorre entre 17 de maio e 30 de julho.

Esta nova obra de Ana Pérez-Quiroga continua o projeto Breviário do Quotidiano #8 – Os regimes acumulativos dos objetos e as suas determinantes, iniciado em 2012. As candidaturas para habitar esta nova obra da artista encontram-se abertas a artistas e outros criadores contemporâneos, até 8 de junho, através do site do MAAT.

Yo nunca he sido surrealista hasta el día de hoy de Carlos Garaicoa

16 Mai – 18 Set
MAAT. Galeria Oval
Curadoria: Pedro Gadanho & Inês Grosso

Carlos Garaicoa é um dos nomes mais importantes do panorama artístico internacional. A exposição Yo nunca he sido surrealista hasta el día de hoy, apresentada na Galeria Oval do MAAT, é um projeto site-specific de grande escala que explora a relação entre cidade e homem, arquitetura e urbanismo, ficção e realidade. “Trata-se dum encontro entre as árvores, que representam a natureza, e os candeeiros, que simbolizam a cultura da cidade, da noite”, explica Carlos Garaicoa.

O trabalho do artista cubano Carlos Garaicoa levanta questões socialmente relevantes para os contextos geopolíticos onde trabalha. Entre outras questões, o artista foca-se nos (des)encontros entre a Europa e a América Latina; na procura de uma narrativa alternativa ao pensamento eurocêntrico-colonial dominante nos países sul-americanos; em temas como o fracasso do projeto modernista e o fim das grandes utopias do século XX; nas tensões e contradições económicas, políticas e sociais da sociedade contemporânea e o seu impacto na paisagem urbana.

Untitled (Orchestral) de João Onofre

16 Mai – 18 Set
Sala das Caldeiras, Edifício Central
Curadoria: Benjamin Weil

João Onofre apresenta uma instalação performativa site-specific para a emblemática Sala das Caldeiras do edifício da Central. Esta nova obra multimédia é inspirada na história deste espaço enquanto fonte de Luz essencial para a cidade de Lisboa, mas também enquanto mostra da tecnologia mais avançada. A presença imponente das caldeiras monumentais, assim como as enormes janelas, foram também uma importante fonte de inspiração.

Usando o sol como fonte de Luz e de energia, Onofre reinventa o conceito de central elétrica, desta vez usando-a como palco e instrumento.

Continuando o seu trabalho de pesquisa sobre a relação entre som e espaço, Onofre criou uma atuação sonora em tempo real gerada pelo trajeto do sol e pela intensidade dos seus raios. Os dois elementos ativam uma orquestra de instrumentos de percussão computorizados escondidos no espaço. À medida que os raios incidem sobre os vários elementos das caldeiras, produzem uma panóplia de sons que são preparados pelo artista em colaboração com o famoso percussionista Miquel Bernat.

João Onofre resume o seu trabalho como “a criação de uma livraria de sons. Na verdade é o som que vai delimitar o espaço”.
Os visitantes que regressarem à obra poderão testemunhar em tempo real elementos essenciais à natureza que o nosso estilo de vida moderno praticamente obliterou. De facto, a maioria das pessoas, sobretudo quem vive nas cidades, deixou de ter qualquer noção das estações, quase nem reparando na variação da duração dos dias, ou na inclinação do sol. Com esta nova obra, João Onofre materializa de forma aliciante o modo como estes aspetos nos afetam a todos. Mais do que em qualquer outra obra da sua autoria, a passagem do tempo é crucial nesta nova instalação.

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