Lana Del Rey, Tyler, The Creato e Bad Bunny no NOS Primavera Sound

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Lana Del Rey

O cartaz do NOS Primavera Sound nunca foi tão rico e diverso como o da edição de 2020. Tyler, The Creator, Lana Del Rey, Pavement, Beck, Bad Bunny e King Krule encabeçam o cartaz da nona edição do festival, que regressa ao Parque da Cidade de 11 a 13 de Junho.

A programação apresentada hoje,  é uma lista ambiciosa de nomes que juntam diferentes gerações e unem mais estilos musicais do que nunca. De 11 a 13 de Junho, no Parque da Cidade do Porto, juntam-se nomes como o agora ícone do hip-hop global Tyler, que é aliás o mais conhecido cabeça de cartaz do festival, The Creator, Lana Del Rey, com as poéticas canções do aclamado álbum Normal Fucking Rockwell, Pavement, para um dos únicos dois concertos de reunião a nível mundial, FKA twigs, no auge da sua carreira graças ao estratosférico MAGDALENE, Beck, na condição de lenda viva da música, o porto-riquenho Bad Bunny, enquanto embaixador global da música urbana, e ainda King Krule como referência de uma geração a emergir das sombras.

Estes nomes fazem só parte da ponta do iceberg de um cartaz que junta 63 artistas de mais de 20 nacionalidades e que é tão variado e audaz quanto equilibrado. Um cartaz para todos os gostos, além de comprometido com a igualdade de género. Um cartaz tão único e excepcional como qualquer cartaz Primavera Sound e que marca o início da contagem decrescente para o NOS Primavera Sound Porto 2020, num ano em que Barcelona celebra 20 anos e Los Angeles recebe o festival pela primeira vez.

Um cartaz com história

Ainda que o cartaz seja, todos os anos, uma captura instantânea do tempo e espaço a que diz respeito, não faria sentido sem os artistas que nos fizeram chegar até aqui. Por isso mesmo, o NOS Primavera Sound 2020 dá as boas-vindas a Kim Gordon e ao seu primeiro álbum a solo em nome próprio, bem como aos sempre jovens Dinosaur Jr., aos campeões do pós-hardcore Jawbox, ao extraterrestre Richard Dawson e, como não podia deixar de ser, aos Shellac e ao seu compromisso anual no Porto pelo nono ano consecutivo.

Também novas lendas em formação como os renascidos Chromatics (cujo vocalista, Johnny Jewel irá também actuar com o seu projecto Desire), Cigarettes After Sex e o seu incessante sussurro, DIIV, na procura pelo ruído perfeito, Jehnny Beth, na primeira encarnação sem a companhia das Savages e os riffs tântricos de OM com Al Cisneros dos Sleep.

Um cartaz com visão

Além de reflexo do presente, o cartaz é também um cápsula do tempo, como um oráculo que prevê o futuro e é capaz de adivinhar a nossa próxima banda favorita. No NOS Primavera Sound 2020 vai ser possível escolher entre o artista jamaicano Koffee, Georgia e a sua implacável dance music britânica, a nova diva latina urbana Paloma Mami, o soul e funk psicadélico dos Khruangbin, o pop sem fim de Penelope Isles e a voz promissora do flamenco da artista espanhola María José Llergo. Haverá também oportunidade de redenção com as guitarra melancólicas de Rolling Blackouts Coastal Fever ou o arranhar incontrolável de black midi e a loucura psicadélica personificada pelos Derby Motoreta’s Burrito Kachimba, de Sevilha (Espanha) para o resto do mundo.

Um cartaz com desafios pop

Um cartaz com pop? É mais um cartaz com novo pop, pop que desafia as fronteiras do que conhecemos, que surpreende e que nos faz questionar a nossa própria existência. Artistas como a força da natureza que é Caroline Polachek, que chega para a apresentar o fabuloso Pang, a artista japonesa e inglesa Rina Sawayama, prestes a lançar o seu LP de estreia, o experimentalista incansável Mura Masa a introduzir as faixas do seu segundo álbum, o pop queer e solto da brasileira Pabllo Vittar, Weyes Blood e a o seu pop poético particular e Maggie Rogers a provar que é possível fazer pop massivo mas com personalidade: todos vão tornar muito claro que o pop está de volta para nos salvar e mais forte que nunca.

Um cartaz com assinatura urbana

O furacão urbano que dominou o mundo nos últimos ano também vai passar pelo Porto. Os cabecilhas dos seus respectivos géneros, Tyler, The Creator e Bad Bunny chegam acompanhados de novas estrelas como o ardiloso Earl Sweatshirt e o incrivelmente poderoso Little Simz, a força revolucionária de Sampa The Great and Jamila Woods e o triunvirato estelar da cena urbana espanhola formado por C. Tangana de Madrid, o padrinho do trap Yung Beef e a estrela internacional Bad Gyal. O compromisso com as sonoridades urbanas e latinas fica completo com os sets do pioneiro do reggaeton  DJ Playero e a estreia da união entre Florentino, Kelman Duran e DJ Python, de seu nome Sangre Nueva, especialmente para esta ocasião. Vai haver perreo no Porto também.

Um cartaz cheio de dança

Mais uma vez, a zona do Primavera Bits, no Parque da Cidade, vai entrar num universo paralelo de bits, luzes e ritmos celestes. Este ano, a zona de excelência da música electrónica no NOS Primavera Sound vai ser liderada pelo oásis techno de Avalon Emerson, Special Request aka Paul Woolford e pelos sets frenéticos da britânica DJ Josey Rebelle, mas vai permitir também que nos percamos ao som de Octo Octa e Eris Drew ou que descubramos a electrónica sentimental da sul coreana Park Hye Jin, ou ainda, mergulhar na infinita riqueza de conhecimentos de DJ Marcelle / Another Nice Mess e dançar com os heróis locais DJ Firmeza, MVRIA e Arrogance Arrogance. Todos os dias, até já não te conseguires mexer mais.

Um cartaz que fala sempre português

Com mais ou menos sotaque, com mais queda para a intimidade com Montanhas Azuis, para a dança desenfreada com Throes + The Shine ou para a sonoridade electrónica com Holy Nothing o Parque da Cidade nunca deixou de receber os mais variados sons formados em terras nacionais. De nomes incontornáveis como Arnaldo Antunes, que chega do outro lado do Atlântico, mas a apaixonar em português num cancioneiro que é história viva do Brasil, a novas espécies exóticas mas bem nacionais como o fenómeno da internet Chico da Tina e o romântico sem limites na criatividade David Bruno, o NOS Primavera Sound 2020 mostra, uma vez mais, que a música nacional está de boa saúde e recomenda-se.

//AR

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