VOA – Heavy Rock Festival: Killswitch Engage, Sepultura e mais três novas confirmações

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Com os cabeças de cartaz System Of Down e Bring Me The Horizon confirmados na 11.ª edição do VOA – Heavy Rock Festival, que se realiza nos dias 16 e 17 de Junho de 2021, no Estádio Nacional, foram anunciados mais cinco nomes de peso que reforçam o cartaz do maior festival de rock do país: o muito aguardado regresso a Portugal das lendas do metalcore Killswitch Engage e dos thrashers brasileiros Sepultura, acontece a 16 de Junho, acompanhados pelos Bizarra Locomotiva; no dia seguinte, 17 de Junho, aos Bring Me The Horizon juntam-se os japoneses Crossfaith e os britânicos Sylosis.

Há quem diga que foram os primeiros a colocar um prego no caixão do nu-metal, mas independentemente disso, não há como negar que os norte-americanos Killswitch Engage deram o tiro de partida para o fenómeno seguinte da música de peso no início deste novo milénio. Hoje, vinte anos de carreira depois, viram o metalcore nascer e quase voltar à infância, e estabeleceram-se como uma das mais brilhantes propostas da sua geração. Depois da estreia promissora com um álbum homónimo, foi com o excelente «Alive Or Just Breathing», hoje visto como o pilar do metalcore, de 2002, que se tornaram um caso sério de popularidade à escala mundial. Desde esse momento, apesar das trocas de vocalista, não têm parado de crescer, mantendo o seu ADN intocado, reforçado pelo regresso de Jesse Leach ao coletivo em 2012, depois de vários anos de sucesso com Howard Jones atrás do microfone. «Atonement», o mais recente álbum do coletivo do Massachussets, foi editado em Agosto do ano passado.

Nome incontornável do thrash metal, e uma das bandas internacionais que tiveram desde o primeiro momento uma conexão muitíssimo especial com os portugueses, os brasileiros Sepultura continuam a trilhar um caminho que, por esta altura, é mesmo só seu. Mesmo após perder os dois elementos fundadores, o mais famoso dos grupos brasileiros de metal não se vergou, nunca baixou os braços e, ao longo de uns incríveis 22 anos com Derrick Green como vocalista, foi-se reerguendo e reinventando à luz deste novo milénio.  Editado já na sequência de «A-Lex», «Kairos», «The Mediator Between Head And Hands Must Be The Heart» e do muito aplaudido «Machine Messiah», o mais recente longa-duração do quarteto hoje liderado pelo guitarrista Andreas Kisser, intitulado «Quadra», foi lançado a 7 de Fevereiro de 2020 e revelou-se o registo mais ambicioso da carreira dos músicos.

Com um som que soa como se algum incauto se tivesse lembrado de arrastar a pista de dança de uma rave para o moshpit, oriundos de Osaka, os Crossfaith estão a tornar-se notados a um ritmo tão avassalador como a sua música. Depois de terem feito dois álbuns disponibilizados só no mercado caseiro, a banda decidiu então lançar-se ao resto do mundo em 2012 e, a partir do momento em que foi nomeada para Melhor Revelação Internacional nos Kerrang! Awards de 2014, tem vindo a ganhar terreno, num processo de crescimento sustentado coroado por um lugar de destaque no palco principal do Download britânico em Junho 2014. Seis anos e três álbuns depois, são já descritos “como os Slipknot a rasgar os Prodigy”, com a sua peculiar fusão de metalcore injetada de EDM a explodir em atuações intensas e brutais.

Oriundos de Reading, Inglaterra, os Sylosis deram que falar desde cedo. «Conclusion Of An Age», o álbum de estreia, mostrou uma fusão, sem precedentes, de death/thrash moderno e elementos progressivos, com a mistura arrojada a valer-lhes rasgados elogios. Não intimidado pelo peso da expectativa, o grupo deu continuidade ao seu percurso com uma classe considerável, apoiado numa sequência de álbuns muitíssimo aplaudidos, tours extensas e participações em festivais de grande dimensão. «Cycle Of Suffering», o quinto álbum que gravam desde 2008, foi editado no início de Fevereiro deste ano e afirmou-se como uma declaração de intenções, mostrando novamente que são mais que dignos de todos os elogios que lhes têm sido traçados desde que deram os primeiros passos.

Depois de mais de duas décadas de percurso e sete álbuns, a Bizarra Locomotiva tem prosseguido de forma segura com um percurso ímpar no espectro da música pesada nacional. Imune a mudanças de tendências e a qualquer outra coisa que não seja a sua própria vontade de criar música sufocante, a banda liderada por Rui Sidónio e Miguel Fonseca continua carregada de energia exacerbada – como, de resto, prova «Mortuário», o álbum mais recente do letal engenho que resiste desde 1993. Apoiada numa vasta legião de fãs e em descargas de enorme peso de pendor industrial que lhes têm granjeado aplausos cá e além-fronteiras, não há quem pare este rolo compressor.

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