CTA estreia Pedro e Inês com a interpretação de José Neves e Margarida Vila-Nova

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José Neves e Margarida Vila-Nova são Pedro e Inês em Reinar depois de morrer, a nova estreia da Companhia de Teatro de Almada. Trata-se de um texto do “Século de Ouro” espanhol, escrito por Luis Vélez de Guevara.

A encenação é de Ignacio García director do Festival Internacional de Teatro Clásico de Almagro, Espanha. Do elenco fazem também parte os actores João Lagarto, Ana Cris, David Pereira Bastos, Leonor Alecrim, Maria Frade e Pedro Walter.

O espectáculo fica em cena de 25 de Outubro a 17 de Novembro, de quinta a sábado, às 21h, quartas e domingos, às 16h.

As habituais Conversas com o Público, onde vários especialistas debaterão os temas levantados pelo espectáculo, têm lugar aos sábados, dias, 26 de Outubro, e 2, 9 e 16 de Novembro, às 18h, no Foyer do TMJB.

O dramaturgo espanhol Luis Vélez de Guevara (1579-1644) terá composto mais de 400 peças. Este texto, de 1635, é considerado um dos seus melhores trabalhos. Com tonalidades intensamente líricas, põe em cena a mais trágica e lendária história de amor de Portugal: a de D. Pedro e D. Inês de Castro, à qual se opôs a razão de Estado (a que hoje poderíamos chamar uma razão politicamente correcta). Publicada em Portugal pela primeira vez em 1652, no âmbito de uma colecção intitulada (em castelhano, note-se) Comedias de los mejores y más insignes poetas de España, a peça evoca uma história de contornos inéditos e irrepetidos. O espectáculo centra-se nos dilemas e sofrimentos interiores e nos comportamentos que as quatro personagens principais revelam, convocando o público para pensar sobre o tema sempiterno que é o da supremacia das conveniências sobre o indivíduo – sempre mais frágil – que as questiona.

José Gabriel López Antuñano (n. 1949), professor de Dramaturgia e Ciências Teatrais e autor de obras de pensamento sobre teatro, já realizou várias adaptações de textos dramáticos, entre os quais Enrique VIII y la Cisma de Inglaterra, de Calderón de la Barca, ou A história do cerco de Lisboa, de José Saramago, estreada no Festival de Almada em 2017.

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