Uma visão apocalíptica e distópica do mundo em vias de extinção, é a mais recente criação da Causas Comuns, onde se procura entender o «génio» da humanidade.
“Quem Cuida do Jardim” é uma distopia sobre os últimos dias da humanidade, tal qual a conhecemos. Confrontadas com o medo e as contradições da prática, quatro sobreviventes erram à porta da extinção completa, em busca de “ideias para salvar uma coisa que já nem sequer existe”.*
A possibilidade de um futuro colectivo na iminência da extinção em massa da humanidade é o que propõe a mais recente criação da actriz e encenadora Cristina Carvalhal e da companhia Causas Comuns, “Quem Cuida do Jardim”.
Depois da estreia em Vila Nova de Famalicão e de uma passagem por Loulé, o espectáculo chega finalmente ao Porto e a Lisboa, no Teatro Helena Sá e Costa, a 8 e 9 de Março, e no CAL – Centro de Artes de Lisboa, de 14 a 25 de Maio, respectivamente.
Alice Azevedo, Bruno Huca, Carla Bolito e Diogo Freitas habitam o universo de “Quem Cuida do Jardim”. Entre estes quatro sobreviventes do colapso da civilização, inclui-se um exemplar de uma nova espécie de ser humano, criada em laboratório, destinada a repovoar a terra, e desenhada geneticamente segundo uma ética do cuidado.
Sob a enigmática sugestão “devemos cuidar do nosso jardim”, resgatada à obra “Cândido ou o Optimismo”, de Voltaire, que Cristina Carvalhal dirigiu em 2008, os protagonistas tentam pensar o mundo, ou sonhá-lo, de forma a viverem o melhor possível.
O texto parte de uma pesquisa sobre a trajectória das sociedades pré-históricas até à actualidade, com especial enfoque na Europa, questionando modelos organizacionais que perpetuam o colapso de populações, ecossistemas e saberes.
Além das apresentações no Porto e em Lisboa, “Quem Cuida do Jardim” sobe aos palcos do Ponto C, em Penafiel, nos dias 6 e 7 de Junho, e do Teatro-Cine de Torres Vedras, a 14 de Junho.
Este espectáculo é uma co-produção da Causas Comuns, Momento – Artistas Independentes, Casa das Artes de Famalicão e Cineteatro Louletano.
A Causas Comuns é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal – Ministério da Cultura / Direcção Geral das Artes e é membro da Performart – Associação para as Artes Performativas em Portugal.
“Quem Cuida do Jardim” vai estar em cena no Porto, no Teatro Helena Sá e Costa, a 8 e 9 de Março – às 21h00 e 16h00, respectivamente. Em Maio, chega ao CAL – Centro de Artes de Lisboa, entre os dias 14 e 25, de quarta a sábado às 21h00 e domingo às 16h00.
“Pode ser o nosso fim absoluto. Pode ser o momento inaugural de uma nova forma de estar no mundo. É preciso continuar a experimentar.” *
* Excerto da Folha de Sala do espectáculo, de autoria de Cristina Roldão (socióloga).
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