Com a Serra d’Ossa como pano de fundo, entre Estremoz e Redondo, o Convento de São Paulo é obra de eremitas, que ali o edificaram em 1182, como espaço de bem-estar e religiosidade. Hoje é um hotel rural inserido numa herdade com cerca de 600 hectares do mais genuíno Alentejo. E continua a conservar os traços de uma história de séculos, que transforma este convento numa experiência única.
Consta que em 1577, quando viajava para o norte de África, onde morreu na batalha de Alcácer Quibir, D. Sebastião terá passado no Convento de São Paulo. A prova dessa passagem está na bilbioteca do Convento, uma tela restaurada pelo Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa, que testemunha essa visita ilustre. Este até poderá ter sido um ponto alto do Convento, mas há muito mais história para testemunhar. Há as antigas celas dos monges, os seus corredores e fontanários, há mais de 50 mil azulejos que nos levam aos reinados de D. João V e D. José I, há inúmeras fontes a decorar os espaços exteriores do Convento, há o magnífico Jardim dos Noviços e há o Alentejo.
Há imensas actividades para fazer, recantos para descobrir, espaços que se vestem a rigor para receber cada estação do ano. São 600 hectares de possibilidades. No exterior são os jardins, as hortas, a piscina, o olival ou o laranjal que vão ditando o ritmo desta experiência de bem-estar. Lá dentro, no Convento, a experiência faz-se de conforto. A Sala das Eleições dos Padres Gerais é hoje o salão principal. No verão, a frescura desta sala convida a uma limonada feita com limões da herdade e no Inverno, é um bom vinho que nos apetece, acompanhado pelos queijos e enchidos da região e pelo aconchego da lareira.
Num espaço tão marcado pela história, há ainda um património que não pode deixar de apreciar durante uma estadia no Convento de São Paulo – a gastronomia. O restaurante O Ermita seleciona cuidadosamente os ingredientes locais e serve-lhe o melhor da gastronomia alentejana, sempre na companhia dos vinhos da região. E para honrar a história e as tradições dos monges que por aqui passaram, não há ponto final sem os doces conventuais. Agora sim, a experiência está completa.
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