Visitar o Património Mundial alemão sem sair de casa

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Com nada menos de 46 sítios classificados pela UNESCO, a Alemanha é o terceiro país europeu mais representado na lista do Património Mundial. Castelos, palácios, catedrais, conjuntos arquitetónicos e até paisagens naturais únicas justificam, por si só, uma viagem. Enquanto não vai vê-los ao vivo pode visitar alguns destes espaços online, como os cinco lugares imperdíveis que aqui apresentamos.

Ilha dos Museus

É impossível falar de Património UNESCO sem mencionar este ícone de Berlim que reúne cinco importantíssimos museus: o Pergamon, o Altes, o Neues, a Alte Nationalgalerie e o Bode Museum – aos quais se juntou, há pouco mais de um ano, a Galeria James Simon, primeiro edifício a ser ali edificado em quase um século.

Visitar esta “ilha” significa fazer uma incrível viagem através da arte e da cultura, desde a Mesopotâmia, passando pelo Egito, Grécia, Roma, Império Bizantino, o mundo muçulmano até a Idade Média, a Era Moderna e o romantismo do século XIX.

Dois dos museus vão reabrir em outubro, o Pergamon (que acolhe duas das maiores atrações, o altar de Pérgamo e a Porta de Isthar da Babilónia) e o Bode (com uma extensa coleção de escultura e arte bizantina). Entretanto podem ser descobertos virtualmente aqui.

Ilha dos Museus ©Francesco Carovillano

A bela Weimar

Aqui não há um, nem dois, nem três espaços Património Mundial… mas um conjunto que engloba mais de uma dezena! Nesta cidade, situada bem no coração do país, a cerca de duas horas de Berlim, residiram grandes vultos da cultura alemã como Goethe e Schiller e as respetivas residências integram a lista da UNESCO. Um dos locais mais procurados é a belíssima biblioteca fundada por Anna Amália, esposa do Duque Carlos Augusto, uma das primeiras bibliotecas públicas da Europa.

Acresce o edifício onde nasceu a Bauhaus, a mais importante escola de arte e design do século XX, e outros edifícios a ela ligados, também classificados Património Mundial. Enquanto não voa até lá pode visitar virtualmente muitos desses locais no próprio site.

Catedral de Colónia

Iniciada em 1248 e finalmente concluída em 1880, a Catedral de Colónia é uma obra-prima da arquitetura gótica e a maior atração da Alemanha, visitada por mais de seis milhões de turistas e peregrinos todos os anos. Tudo nela é especial, desde as duas torres gigantescas (o par mais alto do mundo no que se refere a igrejas), com uma vista fantástica sobre a cidade e arredores, às relíquias dos três Reis Magos que acolhe no maior relicário da Europa.

Integra a lista do Património Mundial, claro, tal como outros importantes monumentos da região da Renânia do Norte-Vestfália: a catedral de Aachen, o Castelo de Augustusburg, a Abadia de Corvey e Zeche Zollverein, antigo complexo de minas de carvão convertido num pólo cultural. E o melhor é que pode visitá-los todos a partir de casa aqui.

À descoberta de Bremen

No norte da Alemanha, esta cidade tem como símbolo a estátua de Os Músicos de Bremen, o popular conto dos Irmãos Grimm, mas é outra que consta na lista da UNESCO: a do cavaleiro Rolando que, desde 1404, domina a Praça do Mercado com os seus 5,5 metros altura. A “Estátua da Liberdade”, como lhe chamam os residentes, fica ao lado do edifício da Câmara Municipal, também classificada Património Mundial. Com uma bela fachada e um interior riquíssimo, até possui uma adega, Ratskeller, com a maior coleção de vinhos alemães do mundo, mais de 600.

E há muito mais para descobrir em Bremen, como o charmoso bairro de Schnoor, de ruelas estreitas e casas em enxaimel dos séculos XV e XVI; ou a Böttcherstrasse, onde fica o primeiro museu do mundo dedicado a uma mulher artista, Paula Modersohn-Becker(também a primeira a pintar-se nua, em 1906). O museu pode ser visitado online no site e os principais atrativos da cidade aqui.

Palácio Sanssouci

É um dos lugares mais populares de um vastíssimo conjunto classificado Património UNESCO sob a designação “Palácios e Parques de Potsdam e Berlim”, com nada menos de 500 hectares e 150 edifícios construídos entre 1730 e 1916.

Sanssouci foi mandado edificar por Frederico O Grande, que desejava ter um pequeno palácio onde passar tranquilamente os verões com os seus cães – e daí o nome francês que lhe atribuiu, significando “sem preocupação”. Concluído em 1747, ao fim de dois anos de construção, foi posteriormente ampliado e em 1873 abriu ao público como museu, sendo um dos primeiros espaços museológicos em palácios da Alemanha.

Enquanto não viaja até à bela Potsdam, muito perto de Berlim, para (re)visitar os seus múltiplos atrativos, pode visitar virtualmente o Palácio Sanssouci aqui e passear pela cidade aqui.

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