Dia Mundial do Coração | Doenças do coração afetam 10% dos cães e 15% dos gatos

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A doença cardiovascular é a quarta causa mais comum de morte em cães

A idade, a raça, o peso e a condição física são fatores que contribuem para o desenvolvimento de doenças cardíacas

As doenças cardíacas em animais de companhia são frequentemente silenciosas e os sinais clínicos podem passar despercebidos. A prevalência destas doenças varia entre as duas espécies, sabendo-se que afetam 10% dos cães e 15% dos gatos. No âmbito do Dia Mundial do Coração, que se assinala este domingo, dia 29 de setembro, importa saber mais sobre as patologias mais comuns para a necessidade de um diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Sendo considerada a quarta causa de morte mais comum nos cães, a doença cardiovascular pode ser controlada, mediante vigilância médica adequada. Entre as patologias mais frequentes nos animais de companhia, encontramos as seguintes:

  • Doença Degenerativa Valvular Mitral (DDVM): Também designada por doença mixomatosa da válvula mitral, é a doença cardíaca adquirida mais frequente em cães adultos, representando mais de 70% das doenças cardíacas na espécie canina. A sua prevalência aumenta com a idade sendo mais frequente em cães de raça pequena, como Cavalier King Charles Spaniel e Poodle.
  • Cardiomiopatia Dilatada (CMD): Mais comum em cães de raças grandes, como Doberman Pinscher e Boxer. A CMD é caracterizada pelo enfraquecimento do músculo cardíaco, que se dilata e perde a capacidade de bombear o sangue de forma eficiente. É a segunda forma mais prevalente de doença cardíaca em cães, sendo responsável por 10% dos diagnósticos cardíacos.
  • Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH): A doença cardíaca mais prevalente em gatos, afetando até 15% dos felinos, especialmente os das raças Maine Coon e Ragdoll. A CMH leva ao espessamento das paredes do coração, dificultando o bombear de sangue e podendo resultar em insuficiência cardíaca ou tromboembolismo.
  • Doenças Cardíacas Congénitas: Afetam cerca de 1% a 2% dos cães e gatos e incluem defeitos de nascença como estenose pulmonar, comunicação interventricular e persistência do canal arterial. Estes problemas exigem diagnóstico precoce e, muitas vezes, intervenção cirúrgica.

Tosse, cansaço excessivo, dificuldades respiratórias e desmaios são alguns dos sintomas que devem ser motivo de ida ao veterinário. Segundo o Dr. Rui Máximo, médico veterinário do AniCura Atlântico Hospital Veterinário, “o diagnóstico precoce e o acompanhamento regular são fundamentais para o controlo destas patologias e para a melhoria da qualidade de vida dos nossos animais”.

O recomendável são consultas regulares e exames complementares, como ecocardiogramas e eletrocardiogramas, especialmente em raças predispostas ou em animais com mais de sete anos de idade. “A prevenção e o acompanhamento médico são essenciais. Assim como cuidamos do nosso coração, devemos também cuidar do coração dos nossos amigos de quatro patas”, acrescenta.

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