Especialistas alertam para o impacto da perda auditiva não tratada

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Para assinalar o Dia Mundial da Saúde, que se assinalou ontem, especialistas alertam para as graves consequências da perda auditiva não tratada. Estudos recentes demonstram um impacto significativo muito além da dificuldade em ouvir, em diversas áreas da saúde, incluindo a cognitiva, emocional e social.

A experiência mais comum é uma capacidade reduzida de compreender outras pessoas, especialmente em situações ruidosas, o que pode afetar a forma como a pessoa interage com a família e com os amigos, dificultando a aprendizagem na escola e/ou o desempenho das suas funções no local de trabalho. Mas quando não tratada atempadamente, a perda auditiva pode levar a um declínio cognitivo acelerado, aumentando, por exemplo, o risco de demência e doença de Alzheimer.

A dificuldade em ouvir implica um esforço extra do cérebro, que se vê obrigado a compensar a falta de informação sonora. Esse esforço excessivo desvia a atenção e a capacidade mental de outras funções cognitivas essenciais.

“A audição é um sentido vital para a nossa conexão com o mundo e para a manutenção da nossa saúde cerebral,” afirma Carla Antunes, audiologista da Widex. “Ignorar a perda auditiva é negligenciar a saúde do nosso cérebro e aumentar o risco de problemas cognitivos a longo prazo.”

Além do impacto cognitivo, a perda auditiva não tratada pode levar a:

  • Isolamento Social: A dificuldade em participar em conversas e atividades sociais pode levar ao isolamento e à solidão, aumentando o risco de depressão e ansiedade.
  • Problemas de Saúde Mental: A frustração e o stress causados pela dificuldade em ouvir podem contribuir para o desenvolvimento de problemas de saúde mental.
  • Fadiga, dores de cabeça e exaustão: O esforço constante para ouvir (especialmente em ambientes de grupo) pode levar à fadiga, exaustão e desenvolvimento de cefaleias, o que afeta a qualidade de vida.
  • Risco Aumentado de Quedas: A perda auditiva pode afetar o equilíbrio e a consciência espacial, aumentando o risco de quedas, especialmente em idosos.

Para além disso, é possível relacionar também a perda auditiva com uma maior tendência para sofrer de hipertensão, insónias, vertigens, tensão muscular, stress e disfunção sexual.

De acordo com a audiologista “É fundamental que as pessoas estejam conscientes dos sinais de perda auditiva e procurem ajuda profissional o mais cedo possível. Um diagnóstico precoce e o tratamento adequado, assim como o uso de aparelhos auditivos adequados, podem prevenir muitas das consequências negativas associadas à perda auditiva não tratada.”

Aproveite este dia para repensar a sua saúde. Se sente que tem dificuldades auditivas, atue aos primeiros sinais e não adie mais. Procure aconselhamento profissional e/ou marque um exame auditivo.

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