A importância de proteger os ouvidos no Inverno

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De acordo com o último grande estudo sobre a audição dos portugueses levado a cabo pela GAES – Centros Auditivos, as otites são o problema auditivo que mais afeta a população portuguesa, manifestando-se, maioritariamente no inverno (60% dos casos). Infeções auditivas como a otite média – caracterizada pela acumulação de fluidos no ouvido interno – podem provocar perda auditiva, razão pela qual é imperativo proteger os ouvidos.

Dados recentes do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) ditam que a perda auditiva é a quarta patologia mais frequente do mundo e, ciente de que a audição é o segundo sentido mais valorizado pelos portugueses (de acordo com o estudo acima mencionado), a GAES elaborou uma lista de conselhos que o vão ajudar a cuidar dos seus ouvidos no inverno. O vento e as temperaturas mais baixas podem prejudicar o sistema auditivo, mas simples gestos, fáceis de concretizar, podem fazer a diferença.

1. Evite usar cotonetes na higiene dos ouvidos. Na maioria das vezes, a cera que se acumula em cima da membrana timpânica é empurrada por estes objetos. Para uma limpeza mais eficaz, recorra a difusores de água marinha e/ou amaciadores de cera;

2. Seque bem os ouvidos depois do banho (com a ajuda da toalha), sobretudo se tiver de sair de casa (os ouvidos são um órgão especialmente sensível a mudanças de temperatura). Gorros e “tapa-orelhas” são ótimos aliados do vento e das temperaturas baixas;

3. Em caso de inflamação causada pelo frio, aplique uma botija de água quente na parte externa do ouvido. Ajuda a acalmar a inflamação;

4. Doenças como a bronquite e a faringite podem afetar a saúde auditiva. Estar atento aos sintomas e procurar o tratamento adequado é fundamental para evitar infeções de maior;

5. Se pratica desportos que implicam longa permanência dentro de água está mais suscetível a infeções. Elementos protetores de excelência, as toucas e os tampões de silicone são fundamentais, sobretudo para pessoas com tendência a sofrer de otite em ambientes aquáticos;

6. A trompa de Eustáquio é mais curta e estreita nas crianças, o que as torna mais vulneráveis a dores e infeções de ouvidos. A otite é a causa mais comum de perda auditiva temporária nos mais novos, pelo que é imperativo estar atento aos mínimos alertas (ex.: levar muitas vezes as mãos aos ouvidos). Quando muito frequente, pode afetar o desenvolvimento da fala e da linguagem;

7. Vitaminas como a B-12 (ex.: leite e derivados, ovos, carnes vermelhas) fortalecem o sistema auditivo, pelo que devem fazer parte de uma alimentação rica e equilibrada;

8. Otites mal curadas podem provocar inflamação e, em última análise perda de audição. Para comprovar se a otite/infeção afetou a sua capacidade auditiva, faça uma revisão (auditiva);

“Um estudo recente da universidade de Newcastle concluiu que as infeções de que se padece na infância, como é o caso das otites, podem propiciar o desenvolvimento de problemas auditivos a partir dos 60 anos. Portadores do compromisso diário de sensibilizar as pessoas para a importância de prestar atenção aos ouvidos e prevenir possíveis transtornos auditivos é nossa função alertá-las para isso”, afirma Dulce Martins Paiva, Diretora-Geral da GAES.

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