No Dia Mundial da Osteoporose, a Associação Portuguesa de Osteoporose (APO) alerta: a saúde óssea é um desafio crescente e apresenta projeções preocupantes com o envelhecimento da população
Portugal é o quarto país mais envelhecido do mundo e já regista cerca de 40.000 fraturas por ano devido à osteoporose, uma doença silenciosa que enfraquece os ossos e compromete a autonomia. Estima-se que 1 em cada 3 mulheres com mais de 50 anos sofra pelo menos uma fratura osteoporótica ao longo da vida. Se nada for feito, a projeção para 2050 indica um aumento de 32% nas fraturas, o que representa mais de 12.000 casos adicionais por ano, colocando em risco milhares de portugueses e uma ainda maior pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde. Estes números reforçam a urgência de adotar hábitos de vida saudáveis desde a infância e estratégias de prevenção ao longo de toda a vida.
“O envelhecimento não é uma coisa de velhos, é uma coisa da vida que se deve preparar, como tudo na vida”, sublinha Henrique Barros, professor catedrático de Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e presidente do Instituto de Saúde Pública da mesma instituição, no 12º Encontro científico APO que decorreu este fim de semana, e que incidiu no Envelhecimento Ativo e Saudável e nos três pilares essenciais na prevenção da Osteoporose – nutrição, exercício físico e prevenção, e pico de massa óssea.
A APO promove ainda ações práticas junto da comunidade, tornando a prevenção tangível. Antecipando o Dia Mundial da Osteoporose promoveu, este domingo, sessões informativas e rastreios gratuitos, que terão continuidade nos dias 31 outubro e 1 de novembro, na Alfândega do Porto, integrados na Feira do Desporto, e culmina com a simbólica Corrida e Caminhada dos Ossos Saudáveis, celebrando vitalidade e mobilidade em todas as idades.
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