Homem usa cobra como máscara num autocarro contra a covid-19

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Cobra máscara no autocarro

Um passageiro de autocarro recorreu a uma cobra para colocar em torno da boca e do nariz, em jeito de máscara contra a covid-19.

O caso é relatado pela imprensa britânica e terá ocorrido em Manchester, num transporte público.

As imagens disseminaram-se pelas redes sociais e mostram o passageiro, já com uma certa idade, com a cobra agarrada em torno do seu pescoço, tapando-lhe também a zona da boca e do nariz.

“No início, pensei que ele tinha uma máscara mesmo maluca, depois ele deixou-a rastejar pelos corrimões” do autocarro, relata um dos passageiros que foi surpreendido com o insólito episódio no autocarro.

O caso terá ocorrido nesta segunda-feira, 14 de Setembro, no percurso entre Swinton e Manchester.

“Ele tinha-a enrolado em redor do rosto como uma máscara ao entrar no autocarro”, relata ao jornal Manchester Evening News um passageiro de 46 anos, concluindo que foi um momento “definitivamente divertido”.

Quem não achou graça nenhuma ao episódio foi a companhia de autocarros que já veio a público garantir que está a investigar a situação.

“Esperamos que todos os nossos clientes cumpram as regras do governo sobre o uso de uma cobertura facial adequada nos transportes públicos. Uma investigação interna completa está em andamento”, revela a companhia em comunicado.

As câmaras de vigilância do autocarro e o depoimento do motorista serão peças importantes para a investigação.

Usar uma “máscara cobra” é um risco

E se é uma excelente forma de assegurar o distanciamento social – pelo menos, considerando que há muitas pessoas que têm medo de cobras! -, convém saber que as “máscaras cobra” não são eficazes na prevenção do contágio por covid-19!

De resto, usar uma cobra como máscara pode acarretar outros riscos, como lembra ao Metro o professor Adam Hart, da Universidade de Gloucestershire, notando que, pelas imagens, parece uma “grande piton” que, não sendo venenosa, “mata as presas por constrição”.

“Muitos constritores de estimação estão bastante habituados a serem manipulados e são muito dóceis, mas ter uma cobra grande em posição de se enrolar potencialmente em torno do seu pescoço é, claramente, um risco”, acrescenta Adam Hart.

O professor ainda lembra que se a cobra “se decidir enrolar em torno da cabeça, pode tornar-se muito difícil respirar se o nariz e a boca ficarem bem cobertos”.

“O risco é baixo se a cobra for bem conhecida do tratador, mas um autocarro é um ambiente desconhecido para a cobra, o que a pode tornar menos previsível”, diz ainda.

“Há também o perigo de o público reagir mal à sua presença ou de tentar tocar na cobra”, acrescenta, concluindo que um autocarro não é local para este tipo de animais.

//SV

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