O funeral do Príncipe Filipe foi uma oportunidade real para aproximar Harry e William numa altura de forte tensão na relação entre os dois príncipes.
A presença de Harry no Reino Unido, para participar no funeral do Príncipe Filipe que morreu aos 99 anos, no passado dia 9 de Abril, foi uma ocasião de ouro para fomentar uma reaproximação do Príncipe à família real.
Harry recebido com “grande dose de frieza”
Depois da entrevista de Harry e Meghan Markle a Oprah Winfrey, onde a actriz acusou um membro da família real de racismo, queixando-se ainda de falta de apoio, o Príncipe foi recebido com “uma grande dose de frieza” pelos seus parentes, de acordo com o jornal The Sun.
A Princesa Anna e o Príncipe Edward, seus tios, terão mesmo ignorado Harry. A única figura real que terá expressado “alguma simpatia” para com Harry terá sido o Príncipe Andrew, ainda segundo o The Sun.
Harry foi tratado como “um outsider”, pois “há pouca simpatia por ele depois do que ele e Meghan disseram a Oprah”, aponta uma fonte ao The Sun.
“Há um profundo sentido de protecção para com a Rainha e de ressentimento relativamente a Harry”, salienta a mesma fonte.
Linguagem corporal de William e Harry revela tensão
Entretanto, as imagens do funeral continuam a ser escamoteadas pelas redes sociais. A análise à linguagem corporal entre os dois irmãos durante a caminhada até à capela de S. Jorge, onde se realizou a missa do funeral do Príncipe Filipe, indicia a tensão entre ambos.
William caminhou sempre com um ar tão fechado como quando teve que seguir atrás do caixão da mãe Diana, quando era criança, há 24 anos.
“Jogada de mestre” para aproximar Harry e William
Mas no fim do funeral, o Príncipe Charles teve um gesto que acabou por levar a uma aproximação, pelo menos física, entre os dois irmãos.
O pai de Harry e William deu indicações ao motorista do seu carro real para se ir embora, o que levou a todos os presentes no funeral tivessem que caminhar a pé, tal como ele, de volta ao Castelo de Windsor.
Esse gesto levou a que Harry e William acabassem a caminhar lado a lado, enquanto conversavam.
Poderia ter sido “um momento de risco”, fruto da tensão existente entre ambos, mas acabou por ser “uma jogada de mestre” do Príncipe Charles, analisa o Daily Mail, frisando que o momento dá sinais de que Harry e William podem colocar a sua “amarga divisão para trás das costas e reconstruir aquele vínculo” que os unia.
Há mais de um ano que Harry e William não eram vistos juntos em público. E foi precisamente um ano marcado por inúmeros rumores sobre o afastamento entre ambos.
Paradigmático também é que tenha sido Kate Middleton, a cunhada de Harry que foi alvo de “bicadas” de Meghan Markle na entrevista a Oprah, a iniciar a conversa com ele.
A mulher de William começou por falar com Harry enquanto William se despedia de alguns dos participantes na cerimónia. Depois, assumiu um lugar mais afastado dos irmãos, deixando-se em plano de destaque a conversar.
Contudo, a conversa pública entre Harry e William pode ter sido mais show-off do que propriamente um sinal de que ambos já fumaram o cachimbo da paz.
“Não se enganem, isto foi mais para o benefício das câmaras do que qualquer coisa substancial”, salienta uuma fonte ao Daily Mail, notando que não se deve dar “muita importância” ao momento e que talvez tenham sido, apenas, “passos de bebé” rumo a uma reconciliação.
Príncipe Charles “profundamente magoado” com Harry
Após o funeral, e depois dessa caminha a pé até ao Castelo de Windsor, terá decorrido uma “cimeira familiar”. O que se falou nesse encontro está no segredo da família e dos recantos do castelo.
Mas com a Rainha em luto pela perda do companheiro de 73 anos, o tema quente do momento pode não ter sido abordado. Ela estará focada em viver o luto sem se preocupar com esse problema neste momento.
Assim, cabe ao Príncipe Charles assumir-se como o rochedo da família numa altura de maior fragilidade da Rainha. Ele estará “profundamenta magoado” com Harry, mas também estará decidido a “emendar a relação ferida” com o filho.
O Príncipe Charles “caminhou e conversou” com Harry no Castelo de Windsor depois do funeral, antes da tal “cimeira familiar”, segundo os media britânicos. Depois de ter tido uma relação difícil com o pai, Charles não quer ver a história repetida.
Em simultâneo, estará a tentar ser o elo de reconciliação entre Harry a William.
Os dois irmãos devem comparecer juntos em público na inauguração da estátua da Princesa Diana a 1 de Julho. Nessa altura, Charles espera que as feridas entre ambos estejam curadas.
Rainha está “devastada”
A Rainha vai celebrar, nesta semana, o seu primeiro aniversário como viúva. E não se esperam grandes celebrações, apesar dos 95 anos que vai fazer, o que constitui uma marca assinalável na vida de uma monarca.
Isabel II deve assinalar o momento apenas em privado, com a família. A Rainha está “pessoalmente devastada” com a morte do amor da sua vida, de acordo com fontes reais, mas já regressou aos compromissos oficiais, mantendo o seu estricto sentido de dever.
Nesta altura, ainda não é certo que Harry participe. Especula-se que ele pode viajar antes para Los Angeles, para voltar aos braços da sua amada que está grávida de cerca de 7 meses.
Foi a gravidez que impediu Meghan Markle de viajar para assistir ao funeral do Príncipe Filipe – ou, pelo menos, foi essa a versão oficial.
A actriz enviou um cartão manuscrito a lamentar a morte do Duque de Edimburgo e assistiu ao funeral pela televisão da sua casa em Los Angeles.
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