George Clooney indignado com notícia sobre a futura sogra

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George Clooney

George Clooney está indignado com uma notícia do jornal inglês Daily Mail sobre a mãe da sua noiva, Amal Alamuddin. O artigo frisa que Baria Alamuddin, a futura sogra, se opõe ao casamento dos dois por razões religiosas.

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O Daily Mail cita fontes anónimas para notar que Baria Alamuddin, que é jornalista no Médio Oriente e no Reino Unido, acredita que a filha pode “conseguir melhor” do que o actor, nomeadamente casando com um membro da religião Drusa a que a família pertencerá, de acordo com o dito diário.

George Clooney rebate todos estes dados, numa carta aberta no USAToday.com, garantindo que a sogra não é contra o casamento, nem sequer pertence à dita religião. Além disso, o actor, conhecido activista de várias causas relacionadas com os direitos humanos, fala em “irresponsabilidade” do jornal inglês, lamentando que este colocou “em perigo” a sua família e amigos.

George Clooney está noivo

Eis a carta aberta de George Clooney na íntegra, traduzida para Português…

Quero falar da irresponsabilidade da reportagem de segunda-feira do Daily Mail. Raramente respondo a tablóides, a não ser que envolva outros e a sua segurança ou bem-estar. O Daily Mail imprimiu uma história completamente fabricada sobre a mãe da minha noiva se opor ao nosso casamento por razões religiosas. Diz que a mãe de Amal tem vindo a dizer a “meio Beirute” que é contra o casamento. Diz que gozam com tradições na religião Drusa que terminam com a morte da noiva.

Em primeiro lugar, nada na história é factualmente verdade. A mãe de Amal não é Druze. Ela não esteve em Beirute desde que eu e Amal namoramos e ela não está, de nenhuma forma, contra o casamento — mas nada disso é assunto. Estou, claro, habituado a ver o Daily Mail a inventar histórias — fazem-no várias vezes por semana — e não quero saber. Se eles fabricam histórias sobre Amal estar grávida, ou sobre o casamento ir ter lugar no cenário de Downton Abbey, ou que vou concorrer à Casa Branca, ou qualquer número de histórias idiotas em que eles se sentam em frente ao computador e inventam, não me importo.

Mas esta mentira envolve matérias mais amplas. A irresponsabilidade, nestes dias e tempos, de explorar diferenças religiosas onde nenhumas existem é, no mínimo, negligente e, mais apropriadamente, perigosa. Temos membros da família por todo o mundo e a ideia de que alguém inflame qualquer parte desse mundo, com o único propósito de vender jornais, deveria ser criminosa.

Sou filho de um homem das notícias; aceito que a liberdade de expressão pode ser uma inconveniência para a minha vida privada de tempos a tempos, mas esta história, como tantas outras, é apanhada por centenas de outros distribuidores citando o Daily Mail como a sua fonte, incluindo o Boston.com, o New York Daily News, o Gulf News, o Emirates 24/7 e por aí fora.

O Daily Mail, mais do que qualquer outra organização que se intitule de noticiosa, provou, repetidamente, que os factos não fazem diferença nenhuma nos artigos que maquilham. E quando põem a minha filha e amigos em perigo, cruzam, por muito, a mera linha de um tablóide risível para a arena do incitamente à violência.

Eles devem estar muito orgulhosos disso.

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