Mariah Carey está a ser fortemente criticada pela Fundação dos Direitos Humanos, após ter actuado no passado Domingo, dia 15, em Angola para o presidente angolano José Eduardo dos Santos.
A diva actuou durante duas horas numa gala para a Cruz Vermelha de Angola, no Estádio dos Coqueiros, em Luanda. De acordo com o site E! Online, a gala foi patrocinada pela Unitel, uma empresa de telemóveis.
A proprietária da Unitel é Isabel dos Santos, filha do presidente angolano, acusado de vários abusos dos Direitos Humanos, entre os quais os de encomendar a morte de activistas, jornalistas e políticos que protestaram contra o seu governo.
Thor Halvorssen, presidente da Fundação dos Direitos Humanos, declarou em comunicado, segundo a mesma publicação:
Mariah Carey parece ainda não ter ganho dinheiro suficiente proveniente de ditadores, supostamente mais de 1 milhão de dólares neste momento. Apenas há cinco anos atrás ela actuou para a família do ditador líbio Muammar Gaddafi. Agora, ela passou de actuações privadas para demonstrações públicas, de apoio e credibilidade, para um dos principais violadores dos direitos humanos de África e um dos tiranos mais corruptos. É o triste espectáculo de uma artista internacional, comprada por um estado de polícias implacáveis, para entreter e lavar os corruptos pai e filha, que têm acumulado biliões em riqueza ilícita, enquanto a maioria de Angola vive com menos de 2 dólares por dia.
A cantora terá ainda declarado, durante uma pose para uma fotografia com o presidente, mulher e filha, que se sentiu honrada em poder partilhar este espectáculo com o presidente Angolano, numa gala que arrecadou 65 mil dólares.
No entanto, como o próprio Thor Halvorssen evidenciou, esta já não é a primeira vez que a cantora se vê numa polémica idêntica. Em 2009 Mariah Carey foi convidada para actuar para um ditador na passagem de ano. Dois anos depois, em 2011, a cantora pediu desculpa por este episódio:
Eu era ingénua e não sabia quem me tinha contratado para actuar. Eu sinto-me horrível e envergonhada por ter participado nesta confusão. No final de contas, nós como artistas devemos ser responsabilizados. Daqui para frente, esta é uma lição para todos os artistas aprenderem. Precisamos de estar mais conscientes e assumir mais responsabilidades independentemente de quem nos contrata.
Dois anos depois, agora, é-lhe novamente apontado o dedo.
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