Nos últimos dias muito se tem escrito sobre o cineasta Woody Allen e sobre a suposta violação que teria feito à sua filha adoptiva Dylan Farrow, na altura com apenas 7 anos de idade.
Numa carta aberta ao New York Times, Dylan Farrow relatou o suposto episódio em que foi violada por Woody Allen:
Qual é o seu filme favorito de Woody Allen? Antes de responder, você deve saber: quando eu tinha sete anos de idade, Woody Allen tomou-me pela mão e levou-me para uma espécie de sótão no segundo andar da nossa casa. Ele disse-me para me deitar de barriga para baixo e brincar com um comboio do meu irmão. Então, ele agrediu-me sexualmente. Ele falou comigo enquanto o fazia, sussurrando que eu era uma boa menina, que este era o nosso segredo, prometendo que iria para Paris e que eu seria uma estrela nos seus filmes. Lembro-me de olhar para esse comboio de brincar, lembrando como ele viajava em círculos à volt do sótao. Até hoje, é-me difícil olhar para comboios de brincar.
Tais declarações têm dado muito que falar na imprensa, o que levou ao cineasta a responder à carta da filha adoptiva, também por carta enviada para a mesma publicação.
Na resposta apresentada pelo New York Times, Woody Allen fala da incoerência na resposta de Dylan quando levada ao médico pela mãe, Mia Farrow, devido à suposta agressão sexual.
Inicialmente esta terá negado ter sido abusada e só após ter ido comer um gelado com a mãe é que mudou a sua versão da história.
O cineasta revelou que se sujeitou a um teste num detector de mentiras, no qual passou pois “não tinha nada a esconder”. Já a sua ex-mulher recusou em fazê-lo. Para reforçar a ideia de que a mãe possa ter manipulado Dylan, Allen refere uma namorada de há muitos anos, Stacey Nelkin, que revelou na semana passada que terá sido contactada por Mia numa altura em que estavam em batalha pela custódia dos filhos, tendo-lhe pedido para testemunhar que era menor quando começou a namorar com Allen. Por sua vez, Stacey ter-se-á recusado a participar no plano de Mia para incriminar Allen.
Woddy Allen procura ainda defender-se das acusações alegando que, na altura, a polícia de Connecticut terá pedido ajuda a uma unidade especial de investigação, especializada no Abuso Sexual de Crianças. Um grupo de homens e mulheres imparciais estiveram envolvidos numa investigação meticulosa, na qual entrevistaram todos os interessados. No final, depois de considerarem todas as evidências, concluíram que o cineasta não tinha violado Dylan.
Quanto ao local onde terá ocorrido a agressão, Woody Aleen diz que esse foi um local mal escolhido para o fabrico desta história pois ele é claustrofóbico e só lá terá entrado por duas vezes, nas quais saiu rapidamente devido à sua fobia a espaços pequenos e fechados.
Woody Aleen acusa Mia Farrow de ter ensinado a filha adoptiva a odiar o pai e a acreditar que foi abusada por ele. No entanto, tem a esperança que um dia a filha perceba que foi enganada.
Claro que eu não molestei a Dylan. Eu amava-a e espero que um dia ela venha a entender como foi enganada acerca do pai e explorada por uma mãe mais interessada na sua própria raiva do que no bem-estar da sua filha.
Woody Allen termina a carta referindo que esta é a sua palavra final sobre o assunto.
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