Um especialista na Monarquia britânica revela que os assessores do Palácio Real tinham uma alcunha pouco simpática para Meghan Markle, quando ela lá viveu com Harry, por ser “diferente” do que estavam habituados.
O escritor britânico Tom Quinn, autor de vários livros sobre a realeza britânica, conta à Fox News que Meghan Markle era apelidada de “Duquesa Difícil” pelo staff do Palácio Real, pelo facto de ser muito “exigente”.
Quinn acaba de lançar um novo livro intitulado “Kensington Palace: An Intimate Memoir from Queen Mary to Meghan Markle” [Palácio de Kensington: Memórias Íntimas desde a Rainha Mary até Meghan Markle”], onde faz revelações com base em testemunhos que diz ter recolhido de pessoas que trabalharam na Casa Real durante anos.
“As alcunhas são inevitáveis”, refere o autor à Fox News.
“A imprensa britânica é notoriamente boa a pegar em alguém, a construí-lo e a dizer que é absolutamente maravilhoso. E depois, quando essa história perde vapor, precisa de outra coisa. Por isso, então, aparecem com o oposto. Deitam aquela pessoa ao chão”, relata ainda o escritor, para concluir que o retrato pouco simpático que os tablóides britânicos pintaram de Meghan Markle se baseou, na verdade, em rumores que saíram do palácio.
Meghan Markle era “intransigente e mal-humorada”
Os assessores da Casa Real consideravam que a ex-actriz era “demasiado exigente” para uma recém-chegada por os chamar a meio da noite e por enviar emails às 5 da manhã, revela Quinn, frisando que não estavam habituados àquele estilo “diferente”. Também diziam que Meghan Markle era “demasiado intransigente e mal-humorada”, conta.
“Penso que a Meghan sentia, ‘Preciso mesmo de fazer isto. Preciso de lhes mostrar‘”, sustenta, realçando que “o problema” era o facto de ela ser realmente “tão diferente” das personalidades reais a que os funcionários da Casda Real estavam habituados.
“E isso tornou, inevitavelmente, mais difícil, logo desde o início, que ela fosse aceite plenamente como parte da família real”, diz o especialista, notando que “a imprensa é muito poderosa na Grã-Bretanha” e que detectou essa realidade.
“Inicialmente, adoravam a Meghan e isso facilitou a vida a Meghan para ela sentir que fazia mesmo parte da família real. Mas quando decidiram que essa história era aborrecida… enfatizaram que ela era difícil por causa dessa diferença”, sustenta ainda.
As críticas nos jornais agravaram-se quando ela se queixou da imprensa britânica, nomeadamente no documentário “Harry & Meghan: Uma jornada africana”, onde ela afirma que não estava preparada para a abordagem cruel e insistente dos tablóides depois do casamento real.
“Não fazia ideia”, confessou Meghan Markle, notando que os seus amigos britânicos a avisaram de que os jornais sensacionalistas “iriam destruir a sua vida”.
Naquela altura, Meghan Markle e Harry também processaram alguns media britânicos por violação de privacidade e pirataria de telefones. Isso terá sido fatal para a sua relação com a imprensa.
“Ela nunca deveria ter tentado explicar-se. Simplesmente, não funciona. Meghan disse constantemente ‘Só quero que a imprensa seja justa’. Bem, isso é tão ingénuo. Não é isso que a imprensa faz. Não está interessada em ser justa. A imprensa só está interessada em agitar um pouco de diversão. E pode ser doloroso”, considera Quinn.
O especialista entende que Meghan Markle devia ter seguido a regra de ouro da realeza no que se refere aos media: nunca se queixar e nada explicar.
“Infelizmente, a imprensa britânica viu exactamente as coisas que tornaram Meghan diferente” e “rapidamente deu a essas coisas um toque desagradável”, explica Quinn.
Imprensa também foi “muito cruel” com Kate
O autor lembra ainda que a imprensa começou por ser “muito cruel” para com Kate Middleton e os seus pais. “Descreviam como a sua mãe Carol descende do mais baixo dos mais baixos enquanto trabalhava num subúrbio muito pobre de Londres”, diz. “Agora, Carol é elogiada como uma mãe amorosa. Mas ela nunca se queixou. Nunca disse uma palavra. E em alguns dias, a imprensa mudou para outra coisa. O mesmo aconteceu com Kate”, realça Quinn.
“Como a sua mãe, Kate não disse nada. Como não respondeu, a imprensa não tinha onde espetar os dentes. Se a imprensa diz algo desagradável e se responde, então é a raiva que se torna a história. Alguém [disse-me] um dia, é o preço a pagar [pela realeza] por receber milhões todos os anos dos contribuintes britânicos para viver como a aristocracia do Século XVIII”, constata também o autor.
Harry tentou ser “uma influência tranquilizante, mas, na verdade, até um certo nível, Meghan funciona para Harry precisamente por ser intransigente e mal-humorada”, destaca Quinn. “Penso que ele é muito solidário com Meghan enquanto ela luta com este novo papel”, aponta.
“A Meghan é uma mulher forte” e o próprio Harry terá confidenciado a alguém que “o que Meghan quer, Meghan consegue”, relata Quinn. “Penso que ele a apoia completamente. Está apaixonado por Meghan”, sublinha, concluindo que, por isso, “Harry fica, definitivamente, do lado de Meghan”.
“A Família Real está nervosa”
Meghan Markle e Harry estão, neste momento, a viver em Los Angeles, nos EUA, com o filho Archie, de um ano, onde a actriz estará a tentar recuperar a sua carreira, segundo se noticiou.
“Com o Harry nos EUA, há o risco de que ele fique ou de que faça alguma coisa que se reflicta mal na família real”, aponta Quinn, frisando que “a família real está nervosa” por isso e porque não sabe o que o casal vai fazer a seguir.
“Ir para os EUA é apenas a última etapa do que parece uma busca desesperada por um sentido”, salienta o autor, notando que “há um sentimento na família real de que eles estão, desesperadamente, em busca de um papel na vida porque não têm um”.
“Já ouvi dizer que o Harry não está muito feliz na Califórnia, por isso podem ir para outro lado”, antecipa Quinn, considerando que Meghan e Harry queriam livrar-se da “gaiola dourada” onde estavam, mas que a vida actual não estará, afinal, a ser tão completa e plena como desejavam.
//SV
Sê o(a) primeiro(a) a comentar