Príncipe Filipe “melhorou ligeiramente”, mas já há protocolo em caso de óbito real

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Numa altura em que está prestes a completar 100 anos de idade, o marido da Rainha Isabel II encontra-se internado desde 16 de Fevereiro. Esta semana o duque de Edimburgo foi transferido de hospital devido a um problema cardíaco preexistente.

O príncipe Filipe foi internado na noite de 16 de Fevereiro, por recomendação do seu médico pessoal e como “medida de precaução”, tendo sido admitido no hospital privado King Edward VII, em Londres, na sequência de uma indisposição – revelou na altura o Palácio de Buckingham.

Esta não é a primeira vez que o príncipe de 99 anos é internado de forma repentina. O mesmo aconteceu em dezembro de 2019, mas Filipe conseguiu vir passar a quadra festiva a casa.

Contudo, esperava-se que desta vez a estadia hospitalar fosse curta, mas já dura há mais de duas semanas. O duque foi transferido no início desta semana para outra unidade, o Hospital St Bartholomew, devido a uma infeção e a uma condição cardíaca preexistente, informou o Palácio de Buckingham em comunicado, avançando que o duque está “confortável”.

Entretanto, houve novas informações sobre o estado de saúde do príncipe Filipe. Camila, esposa do príncipe Carlos, revelou esta quarta-feira, durante uma visita a um centro de vacinação no Sul de Londres, que o sogro “melhorou ligeiramente”. A duquesa da Cornualha disse ainda que toda a família real mantém “os dedos cruzados”.

Durante a pandemia de covid-19 em Inglaterra, Filipe tem estado a viver no Castelo de Windsor, nos arredores a oeste de Londres, acompanhado da rainha, com um grupo restrito de empregados para reduzir o risco de doença.

Há cerca de uma semana foi divulgado que ambos receberam as primeiras doses das vacinas contra a covid-19 em janeiro, juntamente com o restante grupo prioritário de maiores de 85 anos.

Ainda assim, a imprensa britânica avança que, devido à idade avançada do príncipe, que completa 100 anos no dia 10 de Junho, ao mesmo tempo que a família se “une em orações” estão já definidos os preparativos para cumprir o protocolo de um óbito real.

A informação de morte iminente, ao contrário do que aconteceu com a rainha Vitória ou com Jorge V, não deve ser comunicada. Em ambos os casos, o público foi informado oficialmente pelo Palácio de que os monarcas se encontravam no seu leito de morte.

No caso da morte ocorrer, o anúncio formal deverá ser dado, em primeiro lugar, pela BBC, momentos após o acontecimento. Contudo, caso ocorra durante a noite, a morte só será anunciada às 8h da manhã de Londres (mesma hora em Portugal continental), diz o Público.

Após o anúncio, deverá seguir-se um período de luto nacional, durante o qual as bandeiras serão colocadas a meia haste e os pivots dos noticiários se deverão vestir de preto. A rainha deverá recolher-se durante pelo menos oito dias, mas a pausa nas atividades da Coroa deverá estender-se por um mês.

Relativamente ao funeral, a imprensa britânica adianta que o duque prefere uma cerimónia simples e de cariz militar, sendo que as exéquias deverão ter lugar na capela de St. George, em Windsor, e o enterro em Frogmore Gardens.

Numa situação não pandémica, o funeral teria a presença da família, de amigos e de todos os chefes de Estado dos países da Commonwealth. No entanto, com o Reino Unido em confinamento, as regras sanitárias ditam um máximo de 30 pessoas num funeral.

O príncipe Filipe retirou-se das funções públicas em 2017 e raramente aparece em público.

// ZAP

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