O actor Ângelo Rodrigues divulgou uma imagem da sua perna, ainda deitado na cama do hospital, a recuperar da oitava operação ao membro que quase perdeu.
Foi nas stories do seu perfil do Instagram que Ângelo Rodrigues partilhou com os seus seguidores uma fotografia da sua perna, ainda envolta em ligaduras, depois de ter anunciado que ia ser alvo da oitava cirurgia.
A imagem é partilhada ao som da música “Thinking Out Loud” de Ed Sheeran que tem um verso que diz o seguinte: “When your legs don’t work like they used to before” que em Português significa algo como “Quando as tuas pernas não funcionam como antes”.
No fim-de-semana, Ângelo Rodrigues tinha revelado que a operação tinha como objectivo “reduzir os 27 centímetos do enxerto cravado” na sua pele, de modo a corrigir “possíveis complicações” associadas às cirurgias anteriores.
“Nada disto atrasará um das minhas duas metas: dançar como o Chaplin no Tempos Modernos e fazer um sprint com um atleta de alta competição. Como há babuínos com mais expressividade do que eu a dançar, a segunda opção tem de ser possível. TEM-DE-SER-POSSÍVEL. Sinto que é a isto que sabe a matéria dos vencedores”, escreveu também o actor nas suas redes sociais.
Depois da operação, o actor partilha também uma mensagem de motivação que recebeu da irmã.
“Pulseira VIP, bar aberto no Garcia da Orta: Gin & Soro; Morfina on the beach; CaipiMeia; Sangria de comprimido azul; Anestesinto; Shots de Sal Grosso; Margarita com gelo de órgãos; Martini Oxigénio; Bagaço com soro fisiológico; Caipivodka anti-inflamatória (a tua preferida). Noite da mulher: leve três enfermeiras e só paga duas. A posse desta pulseira permite-lhe o acesso ao piso superior de unidade de queimados, basta apresentar a pulseira à entrada. Oferta: shot de fogo”, aponta a mensagem que a irmã enviou a Ângelo Rodrigues.
O actor também já tinha sublinhado que, nesta altura, olha para as suas cirurgias “como as medalhas que Michael Phelps ganhou em Pequim”. “Sirvo-me de um trabalho extenuante de minimalismo mental, de peneirar apenas o estritamente necessário – um princípio que Marco Aurélio imaginou um dia nas primeiras linhas estóicas que desenhou no livro ‘Meditações'”, escreve ângelo Rodrigues também nas redes sociais.
“Mas nada que acalme este Álvaro de Campos que galopa incessante dentro de mim. Esta montanha russa emocional, que usou a vertigem para nunca tomar a minha recuperação como garantida, foi o que me manteve vivo. Como Chico Anísio diria: ‘eu não tenho medo de morrer, eu tenho pena'”, acrescenta.
“Sempre simpatizei por underdogs. A ideia de um desfavorecido com parcas chances de vencer face a um opressor sempre foi relatable para mim. Talvez porque sempre me senti um. É expectável que o underdog perca, mas a superação arranja sempre lugar. One love para todos os underdogs que espreitam lá do fundo do poço para cima. Dizem que a vista lá em cima é linda. Agora vamos lá remendar esta boneca de trapos”, frisa também num tom poético.
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