Humorista pronunciou-se finalmente sobre o fim de ‘Como é que o Bicho Mexe’ que na passada sexta-feira contou com mais de 170 mil utilizadores a assistirem ao direito
Ao longo dos últimos dois meses, Bruno Nogueira tornou-se num dos nomes de maior destaque ao brindar diariamente os portugueses, de segunda a sexta, com boas doses de humor.
O que começara como uma brincadeira devido à ausência da sua mulher, a atriz Beatriz Batarda, que se encontrava em filmagens em Inglaterra, rapidamente conquistou uma verdadeira legião de fãs que diariamente foram acompanhando as peripécias do humorista e dos seus convidados. O sucesso de ‘Como é que o Bicho Mexe’ não deixa margem para dúvidas e muitos foram os que colocaram às janelas as decorações natalícias e saíram para as ruas para verem Bruno Nogueira passar de carro.
Desde Cristiano Ronaldo e Carl Lockwood a entrarem em direto, a Albano a mostrar o rabo em plena cidade lisboeta durante o direto, Salvador Sobral a tocar na casa-de-banho do Coliseu de Lisboa e tantos outros momentos, esta noite épica que foi seguida por mais de 170 mil seguidores vai ficar marcada na memória de muitos como um dos pontos mais altos da pandemia.
Nas redes sociais, Bruno Nogueira pronunciou-se finalmente sobre a emissão de sexta-feira “O pudor de escrever sobre dias bonitos tem razão de ser: nunca ficará à altura. A alegria esconde-se disto tudo, e resiste a ser trocada por palavras. É acto falhado. É portanto teimosia minha correr esse risco, e tentar”.
“Quando saí de casa para festejar o último episódio do “Como é que o bicho mexe” na rua, nunca imaginei que quando voltasse à cama estaria do avesso. Havia coisas programadas para o fim, mas pouco ou nada para o percurso. Tudo o resto era incógnita. A tal incógnita fez-se primavera e deu-me a melhor maneira que tinha de vos dizer até já: ver-vos e ouvir-vos. Tantos, e tão generosos. E quando precisava de descer uns furos à terra, olhava para o lado e estava lá o Miguel, amigo desde que eu tinha 18 anos e tentava com tudo ter voz própria, que me acompanhou de mota no trajecto todo até ao Coliseu, e pensava no espanto que a vida ainda sabe dar.
Juntar pessoas boas e com talento é ainda e cada vez mais o que me faz sentir a alegria dos dias bons. Por isso e por muito mais, obrigado ao Albano, à Beatriz, à Inês, à Mariana, à Jéssica, ao Nuno, ao Ljubomir, ao Salvador, ao Quadros e ao Manzarra. Que bom que foi ter-vos em minha casa estes dias todos. Obrigado por subirem a parada, por acreditarem e confiarem. Ao Markl e ao Filipe agradeço acima de tudo a amizade e a irmandade que finta o sangue. O salto para o escuro que aceitam dar, mesmo sem saberem de que é feito o chão” revelou o humorista.
“Por fim, esta foi a minha vista durante os dois meses em que fiz o Bicho no escritório. É uma videira com décadas de vida, oferecida pelo meu pai. Começou a dar folha nos primeiros directos, hoje já está cheia de promessas de uvas. Ela lá sabe o que faz”.
Ainda na mesma publicação partilhada na noite desta segunda-feira, o humorista fez alusão aos diretos e ao significado que tiveram para si ao longo destes dois meses “Estou agora sentado na cadeira que teima em chiar, com o copo de vinho de sempre, mas sem amigos para brindar. Enquanto ouvia na sexta-feira as mais comoventes manifestações de agradecimento que alguma vez tive até hoje, pensava na ironia disto tudo, e no quanto me ofereceram também vocês que estiveram sempre às 23h a brindar comigo. Este escritório nunca esteve tão vazio, mas deixem que vos confie um segredo: nunca tive uma família tão grande como tenho agora.
Obrigado a todos. E acreditem: vai mesmo correr tudo bem”.
//AR
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