Iva Domingues dá entrevista inédita
Perto de embarcar numa nova aventura que marcará uma nova fase da sua vida, Iva Domingues concedeu uma entrevista inédita a Cristina Ferreira, sua colega de profissão. Numa entrevista intimista, a apresentadora falou sobre o sonho da filha em ser realizadora, sobre a forte ligação que tem com a progenitora, sobre a difícil perda do progenitor e sobre o término com o ator Ângelo Rodrigues.
Num discurso emocionado, Iva Domingues partilhou como foi perder o pai de forma repentina: “Eu tinha 13, quando num domingo de manhã íamos para um casamento do melhor amigo do meu pai e ele morreu, assim… num domingo de manhã! Em 20 minutos. Teve um enfarte e morreu (…) E foi a primeira lição para a vida mais dura que eu aprendi. Por isso é que se calhar eu sou assim: eu vou. Não sei se vou cá estar amanhã”.
Questionada por Cristina Ferreira sobre se pensa no que este lhe diria se estivesse presente, Iva Domingues revelou “Por acaso, tenho muitos momentos em que eu adoraria poder falar com ele agora. Primeiro que relação é que eu teria, agora com 40, e ele tem exatamente mais 30 anos do que eu (…) como é que seria a nossa relação e que conselhos é que ele me daria. Mas eu tenho a certeza que ele me diria: Vai”.
Sobre a perda precoce do pai, Iva Domingues confessou “Ele faz-me muita falta. Eu era filha única, era filhinha do papá. (…) Na adolescência fez-me muita falta. Nos momentos importantes tinha tanta pena de ele não estar lá, estás a ver”. Bastante emocionada, a apresentadora recordou um momento em particular: “Quando a minha filha nasceu, estava lá toda a gente, mas não estava lá ele. Pensei muito nele”, revelando que ainda nos dias de hoje este lhe faz muita falta.
Esta perda levou-a a encarar a vida de um modo diferente “É por isso que não podes pensar muito sabes. Não podes projetar demasiado (…) tudo acaba de um momento para o outro e eu aprendi isso muito cedo. E foi muito brutal”. Voltando àquela manhã de domingo, Iva Domingues confessou “Eu tive a certeza que ele ia morrer e eu não quis vê-lo morrer. Portanto, quando eu percebi que aquilo não ia correr bem, eu refugiei-me no meu quarto e disse: ‘Ok, isto não vai correr bem'”. Esta atitude não lhe permitiu despedir-se, algo de que se arrepende “Foi a pior coisa que eu fiz. E tive muito tempo até aceitar que a vida é assim e não me culpabilizar, porque eu durante anos e anos me culpabilizei”.
Veja a entrevista completa aqui.
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