Judite Sousa “vem aí um período muito negro”

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A jornalista deixou este fim-de-semana uma reflexão sobre a conjuntura atual que levou a medidas extraordinárias por parte do governo numa tentativa de travar o surto de covid-19 e que se refletirão na economia

Judite Sousa tem partilhado nas suas redes sociais algumas da suas reflexões a propósito da pandemia que o país e o mundo atravessam e as suas consequências futuras.

Este fim-de-semana a jornalista revelou que tem “ouvido muitas perguntas e respostas como se as pessoas não fizessem a mínima ideia do que se está a passar na economia real. O país parou. Literalmente tudo. Só os supermercados estão a funcionar. Uma saída de carro por Lisboa permite descobrir uma cidade fantasma”.

“António Costa fala em três meses. E deixa antever que o estado de emergência vai ser renovado. A minha pergunta é: como será possível aguentar mais três meses num país que está dependente dos serviços, do turismo e que tem crescido muito em razão do consumo interno? Tenho para mim que vem aí um período muito negro. O pequeno comércio não vai ter dinheiro para resistir. Ou muito me engano, ou metade das lojas vão despedir e outras nem reabrem em Junho. O que vai acontecer a estas micro empresas? Entre as ajudas que levarão o seu tempo a chegar à economia real, muitos pequenos negócios ficarão pelo caminho. E as profissões que estão dependentes de eventos? O que vai suceder? Como vão viver?” questiona a jornalista.

Para Judite Sousa “Três meses significa uma recessão económica. É difícil encontrar uma saída perante este inimigo invisível mas há que encontrar uma forma de calibrar as medidas passado o pico da infecção. Se não morrermos da doença, iremos morrer da cura. Tudo o resto é conversa de quem não está a ver com os seus próprios olhos o fantasma em que o país se tornou”.

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Tenho ouvido muitas perguntas e respostas como se as pessoas não fizessem a mínima ideia do que se está a passar na economia real. O país parou. Literalmente tudo. Só os supermercados estão a funcionar. Uma saída de carro por Lisboa permite descobrir uma cidade fantasma. António Costa fala em três meses. E deixa antever que o estado de emergência vai ser renovado. A minha pergunta é: como será possível aguentar mais três meses num país que está dependente dos serviços, do turismo e que tem crescido muito em razão do consumo interno? Tenho para mim que vem aí um período muito negro. O pequeno comércio não vai ter dinheiro para resistir. Ou muito me engano, ou metade das lojas vão despedir e outras nem reabrem em Junho. O que vai acontecer a estas micro empresas? Entre as ajudas que levarão o seu tempo a chegar à economia real, muitos pequenos negócios ficarão pelo caminho. E as profissões que estão dependentes de eventos? O que vai suceder? Como vão viver? Três meses significa uma recessão económica. É difícil encontrar uma saída perante este inimigo invisível mas há que encontrar uma forma de calibrar as medidas passado o pico da infecção. Se não morrermos da doença, iremos morrer da cura. Tudo o resto é conversa de quem não está a ver com os seus próprios olhos o fantasma em que o país se tornou.

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