Primeiros pinguins bebés nascem na Invicta

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Depois de, em 2019, o grupo de Pinguins-de-Humboldt se ter tornado o primeiro contingente da espécie a chegar à cidade do Porto, os adoráveis habitantes do parque exterior do SEA LIFE Porto voltam a fazer história: nasceram, pela primeira vez, crias desta espécie.

Os dois novos habitantes do aquário, filhos do casal Bramble e Baobab, assinalam não só um momento inédito na cidade como, sobretudo, um importante passo na intenção do Aquário em reforçar o contributo de Portugal para o esforço global de conservação desta espécie através da reprodução em cativeiro.

Nativos da América do Sul e assinalados como “vulneráveis” na “Red List of Threatened Species” do IUCN (“International Union for Conservation of Nature”), os Pinguins-de-Humboldt enfrentam atualmente desafios muito significativos à sua sobrevivência e reprodução nos seus habitats naturais, como a sobrepesca, a destruição de ninhos, a poluição marinha e, mais recentemente, os impactos da gripe aviária agravada pelo fenómeno El Niño.

Em 2024, registou-se uma forte queda das suas populações no Chile, segundo investigadores locais, destacando a urgência de esforços de conservação para evitar sua extinção. De acordo com Rui Ferreira, Diretor Geral do Aquário do Porto, “Seis anos depois da chegada dos Pinguins-de-Humboldt, o nascimento e a resiliência destes pequenos pinguins surge de um cuidadoso trabalho liderado pelas nossas equipas especializadas, em estreita cooperação com o SEA LIFE Trust. Este é um exemplo claro de como os programas de reprodução em cativeiro podem ter um papel determinante na proteção de espécies ameaçadas, especialmente à luz dos dados mais recentes, que são muito preocupantes”.

Do alto dos seus cerca de 70 centímetros de altura, com plumagem preta e branca, e uma característica faixa preta em forma de ferradura no peito, os Pinguins-de-Humboldt destacam-se pelas suas excelentes habilidades como nadadores. Ana Ferreira, curadora do Aquário, explica que “a reprodução desta espécie sob o cuidado humano exige condições que recriam as existentes em meio natural, seja em termos de habitat seja em termos de comportamento. Este casal foi bem-sucedido nas várias etapas de reprodução, gerando duas crias saudáveis que já ultrapassaram os 1000 gr”.

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