Ricardo Quaresma e André Ventura trocam farpas “Triste de quem se ajoelha só para ficar bem na fotografia”

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Futebolista e líder do Chega trocam farpas nas redes sociais

Ricardo Quaresma partilhou esta terça-feira um post onde mostra a sua indignação para o discurso adoptado por André Ventura relativamente à comunidade cigana.

“Triste de quem tenta ser alguém na vida atirando os homens uns contra os outros. (…) Em todos bate no coração a vontade de dar a glória ao país e no momento de levantar os braços e celebrar um golo acredito que nenhum português celebre menos porque o jogador é preto, branco ou cigano.
Eu sou cigano. Cigano como todos os outros ciganos e sou português como todos os outros portugueses e não sou nem mais nem menos por isso.
Como homem, cigano e jogador de futebol já participei em várias campanhas de apelo contra o racismo, não porque parece bem mas porque acredito que somos todos iguais e todos merecemos na vida as mesmas oportunidades independentemente do berço em que nascemos.
O populismo racista do André Ventura apenas serve para virar homens contra homens em nome de uma ambição pelo poder que a história já provou ser um caminho de perdição para a humanidade”
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Em resposta na caixa de comentários, o ex-jogador do FC do Porto recebeu muitas mensagens de apoio vindas de figuras públicas e dos seus seguidores.

Já André Ventura não deixou Ricardo Quaresma sem resposta e esta manhã partilhou na sua conta de Facebook. “Se o Ricardo Quaresma, em vez de me atacar, sensibilizasse a comunidade cigana a cumprir as mesmas regras a que todos os restantes cidadãos estão obrigados, talvez a generalidade dos portugueses o compreendesse muito melhor!”.

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Triste de quem tenta ser alguém na vida atirando os homens uns contra os outros. Quando um homem se ajoelha na frente de Deus devia olhar para Deus com o mesmo amor com que Deus olha para nós, sem distinção de raça ou cor. Triste de quem se ajoelha só para ficar bem na fotografia, para enganar os outros e parecer um homem de bem aos olhos do povo. A seleção nacional de futebol é de todas as cores, pretos, brancos e até ciganos. Em todos bate no coração a vontade de dar a glória ao país e no momento de levantar os braços e celebrar um golo acredito que nenhum português celebre menos porque o jogador é preto, branco ou cigano. Eu sou cigano. Cigano como todos os outros ciganos e sou português como todos os outros portugueses e não sou nem mais nem menos por isso. Como homem, cigano e jogador de futebol já participei em várias campanhas de apelo contra o racismo, não porque parece bem mas porque acredito que somos todos iguais e todos merecemos na vida as mesmas oportunidades independentemente do berço em que nascemos. O populismo racista do André Ventura apenas serve para virar homens contra homens em nome de uma ambição pelo poder que a história já provou ser um caminho de perdição para a humanidade. Olhos abertos amigos, o populismo diz sempre que é simples marcar golo mas na verdade marcar um golo exige muita tática e técnica. Olhos abertos amigos, o racismo apenas serve para criar guerras entre os homens em que apenas quem as provoca é que ganha algo com isso. Olhos abertos amigos, a nossa vida é demasiado preciosa para ouvirmos vozes de burros…isto se queremos chegar ao céu.

Uma publicação partilhada por Ricardo Quaresma (@ricardoquaresmaoficial) a

//AR

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