A nova aposta da SIC está a dar que falar
A estreia de SuperNanny, este domingo 14, está a dar que falar. O novo formato onde a psicóloga Teresa Paula Marques ensina os pais a lidarem com a rebeldia dos filhos está a gerar uma onda de críticas nas redes sociais.
“Elevado risco é favor alguém se deu ao trabalho de perguntar às crianças se autorizam a devassa da sua vida privada”, “No princípio do programa pensei que era uma peça de teatro de muito mau gosto depois não quis acreditar!!!” ou “Nunca vi programa mais ridículo e pergunto a mim mesma se isto é autêntico ou encenação, tal é a demonstração de estupidez dos envolvidos” são algumas das reações ao episódio que foi emitido este domingo.
Também a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens reagiu através de um comunicado, publicado nas redes sociais “A Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ) confrontada com o programa “Supernanny” transmitido na SIC ontem, dia 14 de janeiro, vem informar que, numa primeira análise efetuada ao conteúdo do programa, considera existir elevado risco do programa violar os direitos das crianças, designadamente o direito à sua imagem, à reserva da sua vida privada e à su…a intimidade. Trata-se de um conteúdo manifestamente contrário ao superior interesse da criança, podendo produzir efeitos nefastos na sua personalidade, imediatos e a prazo.
No âmbito das suas atribuições, tendo em conta os conteúdos pré-anunciados do programa e queixas remetidas a esta Comissão, a CNPDPCJ manifestou junto da estação de televisão SIC a sua preocupação face a este tipo de formato e conteúdos solicitando uma intervenção com vista à salvaguarda do superior interesse da criança.
Remeteu igualmente para a Entidade Reguladora da Comunicação Social o pedido de análise do conteúdo do programa.
Encaminhou para a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) com competência territorial a situação concreta para avaliação e acompanhamento do caso.
Certos da delicadeza dos temas relacionados com crianças e jovens e reconhecendo o papel fundamental da Comunicação Social na construção de uma opinião pública informada e sensibilizada para a defesa dos direitos da criança, vem esta Comissão apelar aos meios de comunicação social que assumam um papel responsável, protetor e defensor dos Direitos da Criança.
Cumprimentos,
Rosário Farmhouse
Presidente
Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens”.
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