Estação de Queluz reage à polémica provocada por reportagem emitida ontem no jornal da noite
“COVID-19: Norte de Portugal mais castigado. População menos educada, mais pobre, envelhecida e concentrada em lares” foram as palavras que passaram em rodapé e que estão a causar indignação.
A TVI está a ser duramente criticada por muitos internautas, figuras públicas e até mesmo por Rui Moreira, Presidente da Câmara do Porto, que não escondeu a sua indignação partilhada na sua página do Facebook.
Sérgio Figueiredo, diretor de informação da TVI, já reagiu à polémica com um pedido de desculpa por parte da estação. Embora fale nas condições adversas em que os jornalistas estão a trabalhar na sequência da pandemia, o diretor de informação salienta que tal “não justifica, porém, a construção de uma frase infeliz no ecrã, nem a parte do texto que a suportava. Nomeadamente aquela que, entre as razões demográficas e sociológicas indagadas, sugeria níveis de educação abaixo da media nacional. Essa frase foi por muitos interpretada como uma ofensa às gentes do Norte – o que não era evidentemente o nosso propósito”.
O Diretor de Informação destaca ainda que a estação “mantém uma relação de grande proximidade com as populações e de ligação à Região. No caso concreto da Informação, concentramos boa parte dos nossos recursos na redação do Porto e em duas delegações regionais que cobrem acontecimentos diários do litoral ao Interior.”
“Com a mesma humildade que a todos pedimos desculpas por um erro que somos os primeiros a lamentar, temos a convição que a TVI não deve a ninguém, em esforço, em tempo de antena, em grandes eventos desportivos e culturais que promovemos ou patrocinamos, a relevância que o Norte merece e justifica na mancha de cobertura informativa que diariamente, semana após semana, anos a fio, aqui lhe temos dedicado e que continuaremos a fazê-lo.
Da mesma forma que um erro grosseiro – que não foi previamente detetado nestas difíceis condições em que a pandemia também coloca ao trabalho dos jornalistas e de uma televisão – não caracteriza todo um Jornal e, menos ainda, uma estação televisiva que todos os dias acorda guiada pela sua mais nobre missão que é servir os portugueses. Sem exceções e sem discriminações de natureza alguma”, finalizou.
//AR
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