“Vou morder-me e morrer envenenado”. Jornalista da SIC indignado com subsídio a José Cid

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O músico José Cid recebeu um apoio do Estado de 50 mil euros para gravar o seu próximo disco. E o jornalista da SIC Miguel Ribeiro junta-se ao coro de críticas.

“Vou morder-me e morrer envenenado como sugeriu o José Cid. Sim, mordo-me!” É assim que o jornalista Miguel Ribeiro, da SIC, critica o apoio de 50 mil euros atribuído pelo Ministério da Cultura ao músico José Cid.

Não está em causa o facto de José Cid “ter recebido um apoio do estado”, mas “mordo-me pela injustiça que se repete, quando me lembro de centenas de projectos que estão a fazer a mesma travessia no deserto e não conseguem ter essa boia de salvação, por muito que tentem”, salienta Miguel Ribeiro numa publicação no Facebook.

O jornalista da SIC que integra a banda The Happy Mess ainda deixa a seguinte pergunta: “quantos discos gravaríamos com 50 mil euros?”

“Subsídio não é para passar férias”, segundo José Cid

O apoio da José Cid foi concedido através do programa “Garantir Cultura” no âmbito da gravação do álbum “Vozes do Além”. Este programa surge no âmbito da pandemia de covid-19, como uma forma de apoiar o setor da cultura.

José Cid pediu 78 mil euros, mas só conseguiu que lhe fossem atribuídos 50 mil euros.

“Este subsídio, meninos e meninas, não é feito para comprar um automóvel novo ou passar férias nas Caraíbas com a minha mulher”, refere José Cid em declarações à SIC.

Sobre as críticas que surgiram por causa do apoio que lhe foi concedido, José Cid nota que é “problema deles”. “Mordam-se e morram envenenados, estou farto disso”, conclui sem papas na língua.

//SV

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