O Ministério Público (MP) está a investigar as circunstâncias da morte da actriz Maria Zamora, que foi encontrada sem vida em casa. E há suspeitas de que ela possa ser mais uma infeliz vítima de violência doméstica.
Maria Zamora, que tinha 40 anos de idade, estaria a ser vítima de perseguição por parte do ex-companheiro, contra quem tinha apresentado uma queixa por violência doméstica.
Ao jornal Público, a cineasta Raquel Freire, que era amiga de Maria Zamora, nota que é “impossível” não associar a sua prematura morte à violência doméstica.
Raquel Freire conta que a actriz “estava a ser vítima de ameaças e agressões”.
“Tinha sido obrigada a sair da própria casa e estava escondida em casa de amigas. Havia uma ameaça concreta sobre a vida da Maria por parte do agressor”, salienta ainda a cineasta no referido jornal.
À luz destes dados, as palavras que ela escreveu no Facebook alguns dias antes da sua morte, têm um significado muito mais poderoso. “Viva sem medo de ser verdadeiro! Sem medo de existir, sem medo de viver!”, publicou ela no passado dia 22 de Fevereiro.
Maria Zamora usaria mesmo um aparelho de tele-assistência, que permite lançar um apelo imediato às autoridades, quando as vítimas se sintam ameaçadas, conforme reporta o Público. Uma medida que terá sido tomada no âmbito do inquérito despoletado pela sua queixa por violência doméstica, um processo pendente no Tribunal da Amadora.
“O problema é que não existe protecção policial 24 horas por dia. Mas o processo estava a correr e ela só queria que se resolvesse o mais rápido possível para poder continuar com a sua vida”, salienta Raquel Freire no Público.
O MP está agora a investigar o caso e o Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa já terá decretado a autópsia ao corpo da actriz, o que permitirá apurar as reais causas da sua morte.
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