Está muito enganado quem pensa que apenas os europeus e estadunidenses inventaram itens que influenciaram no quotidiano de milhões de pessoas em todo o mundo. Eles contribuíram muito, é claro, mas não foram apenas os únicos. Os brasileiros, conhecidos pela sua criatividade, também têm invenções para se orgulhar. E não, claro que não é apenas Santos Dumont quem possui obras notórias; o chamado “inventor do avião” já foi homenageado algumas vezes e é uma pessoa conhecida nas conversas sobre “brasileiros que inventaram coisas”.
Há quem diga que o avião, conhecido por ser o meio de transporte mais seguro do mundo, não deve ter a sua criação creditada a Dumont. De acordo com muitos, a invenção é obra dos irmãos Wright. Uma resposta definitiva dificilmente aparecerá, porém, a criação do brasileiro tinha propulsão própria e não precisava de ser catapultado para alçar o voo – como acontecia no caso da aeronave dos irmãos norte-americanos.
Confira, em baixo, quatro itens criados pelos nossos conterrâneos, que foram uma verdadeira ajuda para quem usufruiu desses produtos na época em que os mesmos surgiram.
O RÁDIO
Uma das tecnologias mais utilizadas no século XX, o simpático e muito útil transmissor de ondas rádio foi idealizado por um padre tupiniquim. O responsável por criar essa beleza foi o gaúcho Roberto Landell de Moura, falecido em 1928. A primeira transmissão da voz humana por meio de ondas hertzianas aconteceu por volta de 1894, para veicular um comunicado em São Paulo. Boa parte do crédito, porém, é dado ao italiano Guglielmo Marconi.
A MÁQUINA DE ESCREVER
Esse item, desconhecido para muitas pessoas que nasceram já no Século XXI, fez muito sucesso ao longo dos anos pois facilitava o processo de produção de textos e documentos. A máquina de escrever tomou conta de escritórios, redacções de jornal, e até da ficção. Tudo isso foi possível graças ao paraibano João Francisco de Azevedo, inventor da ferramenta. Apesar de já haver na época um protótipo de teclado, foi Azevedo quem montou um sistema mecânico capaz de reproduzir em papel os símbolos que eram digitados na máquina.
O WALKMAN
Em pleno ano de 2018 ninguém sai de casa sem os auscultadores para ouvir músicas no telemóvel. Alguns anos atrás essa possibilidade nem existia; a maneira mais popular de ouvir áudio era com o Walkman – um aparelho tocador de músicas portátil. A criação do objecto veio de um alemão naturalizado brasileiro chamado Andreas Pavel. O aparelho do teuto-brasileiro, no entanto, recebeu a alcunha de “stereobelt” – o Walkman, popular lançamento da Sony, veio com esse nome anos depois, durante a década de 1970.
O IDENTIFICADOR DE CHAMADAS
Se hoje em dia é possível receber uma chamada e saber quem está a ligar, muito se deve ao mineiro Nélio José Nicolai. Durante a década de 1980, em Portugal e no Brasil eram frequentes as brincadeiras com chamadas falsas, o que aborrecia os donos dos telefones. A pensar nisso, Nicolai criou uma máquina para que pudesse identificar o endereço telefónico de quem estava a fazer a chamada; o aparelho recebeu o nome de BINA – a sigla significa “B identifica número A”. Efectivo como esperado, o identificador propagou-se com relevância pelo mundo.
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