O cavaleiro João Moura está acusado do crime de maus tratos a animais, mas garante que os cães que lhe foram retirados só estavam “magros”.
João Moura foi detido e acusado do crime de maus tratos a animais, depois de as buscas efectuadas na sua quinta, em Monforte, terem detectado 18 cães galgos em aparente estado de subnutrição. Os animais foram-lhe retirados e encontram-se em abrigos.
O cavaleiro assegura que nunca maltratou os seus cães. “Tinha lá uns cães mais magros e alguém denunciou isso, mais nada”, refere num blogue tauromáquico. “Já prestei as minhas declarações e estou em casa tranquilo e com a consciência tranquila. Não matei ninguém, não roubei ninguém, não tratei mal os meus cães, alguns estavam magros, mas não os tratei mal”, diz ainda João Moura.
Entretanto, foram divulgadas imagens dos animais, nomeadamente por parte da GNR, que os mostram em estado de extrema magreza.
Familiares do cavaleiro asseguraram à TVI que o problema dos cães é o facto de serem velhos e de terem Leishmaniose, uma doença infecciosa que provoca perda de pelo, úlceras na pele e descamação, bem como emagrecimento e atrofia muscular nos cães, entre outros sintomas.
O advogado de João Moura referiu, entretanto, ao “Programa da Cristina” da SIC que a pessoa que tratava dos cães, um funcionário de João Moura, “desapareceu” sem dizer nada. Isto numa altura em que o cavaleiro estaria no estrangeiro, o que terá deixado os cães sem comer cerca de duas semanas.
Vizinhos do cavaleiro revelam, por outro lado, que “a situação financeira do João [Moura] é muito complicada”. “Acredito que ele não tinha dinheiro para tratar dos animais”, aponta um desses vizinhos ao Correio da Manhã.
O jornal refere que o cavaleiro tem uma dívida da ordem dos 400 mil euros ao Fisco.
Um dos cães acabou por morrer em condições de “subnutrição e desidratação”, de acordo com dados da Associação que o acolheu citada pelo Expresso.
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