Está fechada a programação do Porto/Post/Doc 2019

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São nove os filmes que integram a Competição Internacional da edição de 2019 do Porto/Post/Doc, a decorrer entre 23 de Novembro a 1 de Dezembro na cidade invicta. A selecção oficial do festival inclui filmes de realizadores já consagrados no panorama do cinema independente como Ben Rivers e Anocha Suwichakornpong, que apresentam Krabi, 2562, filme rodado na Tailândia em torno do fenómeno da gentrificação no sudoeste do país, ou Kim Longinotto que, com Shooting the Mafia, traz as memórias de uma fotojornalista italiana e da luta travada contra a máfia siciliana. Depois de Lida (2017), a realizadora Anna Eborn regressa ao festival com os amores juvenis de Transnistria. Também repetente, Anna Odell questiona os papéis de género na sociedade com o seu mais recente X&Y, uma experiência social, tal como o era A Reunião, apresentado na primeira edição do festival, em 2014. A singular obra do cineasta marroquino Mostafa Derkaoui, De Quelques évènements sans signification (1974), será também apresentada em competição. Proibido à data pela censura vigente, o filme esteve votado à invisibilidade pública até este ano, quando o material original foi encontrado e digitalizado pela Filmoteca de Catalunya. A selecção integra ainda Lilian, de Andreas Horvath, The Science of Fictions, de Yosep Anggi Noen, Creature Where Are You Going?, de Gaia Formenti e Marco Piccarreda, e Rushing Green With Horses, de Ute Aurand, cuja obra estará também em foco.

A secção Highlights regressa este ano com as antestreias nacionais de O Filme do Bruno Aleixo, de João Moreira e Pedro Santo, e Cães que Ladram aos Pássaros, de Leonor Teles – que marcarão a Cerimónia de Entrega de Prémios do festival, no dia 30 de Novembro – e de Andrey Tarkovsky: A Cinema Prayer, filme realizado por Andrey A. Tarkovsky, filho de Tarkovsky, em torno da vida e obra do pai e que reúne gravações inéditas, para além dos já anunciados Marianne & Leonard: Words Of Love e Zé Pedro Rock’n’roll.

O festival dedica ainda uma secção não-competitiva ao cinema falado em português que inclui Sacavém, de Júlio Alves, Vitalina Varela, de Pedro Costa, Sol Negro, de Maureen Fazendeiro, Viveiro, de Pedro Filipe Marques, Raposa, de Leonor Noivo, Ave Rara, de Vasco Saltão, Outside The Oranges Are Blooming, de Nevena Desivojevic (projecto que venceu o prémio Arché Porto 2017) e Longa Noite, de Eloy Enciso. Na mesma secção, destaque para as estreias de A Table for One, de Carlos Lobo, The Unexposed, de Ana Marta Dias, No Porto de Leixões – Panorama, de Renata Sancho, e ainda Sério Fernandes – O Mestre da Escola do Porto, de Rui Garrido. Ainda no plano da cinematografia nacional, o Porto/Post/Doc 2019 integrará uma competição de Cinema Novo, com primeiras obras de jovens realizadores, bem como sessões especiais de A Ilha dos Amores e A Ilha de Moraes, filmes fundamentais do realizador português Paulo Rocha, em versões digitalizadas pela Cinemateca Portuguesa.

Em 2019, o festival volta a ocupar o Planetário do Porto com várias sessões panorâmicas full-dome que convidam os espectadores a uma experiência imersiva.

No total são cerca 133 filmes que vão ocupar o Teatro Municipal do Porto – Rivoli, o Cinema Passos Manuel e o Planetário do Porto – Centro Ciência Viva. A programação do Porto/Post/Doc integrará ainda dois focos centrados nas obras de Audrius Stonys e Ute Aurand, um painel de conversas que, ao longo de três dias, explorará o tema Identidades (Fórum do Real), bem como um programa paralelo de filmes homónimo, sessões de cinema para famílias, workshops, concertos e festas.

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