A vila de Ponte de Lima anda em tumulto por causa de uma garraiada de anões que está prevista para a tradicional festa da Vaca das Cordas. O evento, a realizar a 21 de Junho próximo, está a ganhar mais publicidade do que a organização esperava.
Os anões forcados, conforme se anuncia no cartaz promocional, tiveram origem na Colómbia, México e Espanha e chegaram já há algum tempo às praças de touros portuguesas, conforme trata de notar Aníbal Varela, da Associação Vaca das Cordas, no jornal Público.
E de facto, no Youtube é possível encontrar vídeos com espectáculos deste tipo desde 2006 em diferentes localidades nacionais, como é o caso do vídeo que se segue, referente à Feira da Ladra de Vieira do Minho em 2013.
A garraiada de anões de Ponte de Lima é organizada por Pedro Moita que salienta, também em declarações ao Público, que a ideia é que seja um momento de “humor tauromáquico“. E quanto às críticas que têm surgido, é pronto a responder no mesmo diário. “As pessoas falam por desconhecimento. O espectáculo é acrobático e não há maus-tratos nem de pessoas nem de animais“, destaca.
Pedro Moita frisa que é até lúdico para os mais novos, passando a imagem de que “as incapacidades não são uma limitação“. “Os próprios anões é que gostam. Eles têm vida própria, são perfeitamente normais, e não percebo porque protestam“, acrescenta.
Do lado dos críticos, o anão e limiense João Araújo fala no Público de um espectáculo “desumano” e de uma “desvirtuação da tradição“. “As pessoas vão rir-se da condição e não do espectáculo em si“, conclui.
Mas a realização da garraiada não parece estar em causa, embora esteja a dividir os habitantes de Ponte de Lima. Aliás, a polémica só está a ajudar a Associação Vaca das Cordas a conseguir mais publicidade e de forma gratuita.
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