Um norte-americano quer casar com o seu… computador! Chris Sevier, um ex-advogado e ex-modelo da Flórida, diz que está viciado em pornografia e apaixonado pelo seu computador, alegando que se os homossexuais têm o direito de casar, então, outras minorias sexuais também o devem ter.
Chris Sevier avançou com dois processos em tribunal, na Flórida e no Utah, dois estados onde os casamentos homossexuais foram aprovados, argumentando que se sente descriminado por não poder transformar o seu computador na sua… esposa! Nas duas situações, as moções foram rejeitadas.
“Com o decorrer do tempo, comecei a preferir o sexo com o meu computador ao sexo com mulheres reais“, disse em tribunal este homem que se apresentou como “um ex-advogado de defesa e ex-combatente veterano“.
“Se os homossexuais têm o direito de casar com o seu objecto de desejo sexual, mesmo que lhes faltem correspondentes partes sexuais, então eu devo ter o direito de casar com o meu objecto sexual preferido“, alega ainda Chris Sevier. “Estamos em classes diferentes de orientação sexual“, acrescenta.
O ex-advogado refere ainda que se os homossexuais se sentem cidadãos de segunda por não poderem casar, “aqueles de nós na minoria real que querem casar com máquinas e animais, sentem-se certamente como cidadãos de terceira classe“. “A exclusão de casar com uma máquina nega-me uma dignidade e um estatuto de imensa importância“, constata também.
“Se há um risco que é colocado ao casamento tradicional e às crianças, tanto os casais homem-homem como os casais homem-máquina o colocam igualmente“, é outra das alegações que constam no processo apresentado no Utah que tem 50 páginas e que pode consultar aqui.
Chris Sevier cita precedentes legais em todo o planeta, referindo uma mulher que terá sido autorizada a casar com um golfinho e um homem chinês que terá casado com um papelão recortado de si mesmo! Mas os juizes não consideraram os seus argumentos válidos.
“Talvez a moção seja satírica. Ou talvez ele só esteja fora da realidade“, foi o que avaliou o juiz Robert Hinkle, do Utah, depois de ter indeferido o caso.
Já em 2013 Chris Sevier tinha dado que falar depois de ter processado a Apple, culpando-a de ser responsável pela sua adição em pornografia, por não ter sido capaz de o proteger da grande quantidade de sites pornográficos existentes na Internet.
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